O principal grupo de exilados cubanos nos EUA pediu hoje às Forças Armadas de Cuba que estabeleçam um governo de transição cívico-militar e que não apóiem a transmissão provisória do poder de Fidel Castro para seu irmão Raúl.

– Os militares têm a oportunidade de prestar um generoso serviço à pátria estabelecendo uma autoridade transitória cívico-militar que acabe com a ditadura dos irmãos Castro –  declarou Jorge Mas Santos, presidente da junta diretora da FNCA em entrevista coletiva.

Santos afirmou que existem integrantes da cúpula do poder cubano que não "querem aceitar Raúl como sucessor de seu irmão, pois não conduzirá Cuba a um caminho novo".

Um sinal da divisão que existe na ilha, segundo Santos, é a ausência de Raúl Castro e de outros importantes membros do governo, que ainda não foram falar com o povo cubano.

– Os homens e mulheres de valor podem aproveitar esta oportunidade e contar com o apoio da Fundação Nacional Cubano Americana (FNCA) – declarou.

Na sua opinião, os militares devem se unir aos esforços dos opositores da ilha para buscarem uma solução pacífica para o que chamou de "tragédia nacional".

Ao ser perguntado se estava propondo uma revolta militar, ele respondeu:

– Isto é uma alternativa das pessoas, tanto militares como civis.

Caso seja instalado um governo cívico-militar, ele deverá garantir a segurança nacional, o respeito aos direitos civis de todos os cidadãos, libertar os presos políticos, convocar eleições livres, multipartidários e transparentes em um prazo prudencial.