A irmã de Fidel Castro, Juanita Castro Ruz, relatou que o presidente cubano teria deixado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) hoje. A informação foi repassada pela familiar do líder para a WTVJ, emissora de Miami, segundo o Globo Online. Fidel Castro passou por uma cirurgia para conter uma hemorragia intestinal e entregou o poder temporariamente ao seu irmão.

Juanita, que possui uma farmácia nos Estados Unidos, deixou Cuba em 1964 por causa de problemas políticos. Ela deixou de falar com o irmão há anos.  

O governo cubano divulgou nota de Fidel ao povo, nesta quarta-feira, por meio do jornal oficial do Partido Comunista, o Granma. Na mensagem, o comandante diz que é preciso mais tempo para se chegar a um prognóstico. No documento, também lido em rede nacional de TV, o presidente de Cuba diz que sua condição de saúde é estável e que seu humor é bom.

– Posso dizer que é uma situação estável, mas uma evolução real do estado de saúde necessita de um pouco mais de tempo".

Ricardo Alarcón, presidente do Legislativo, disse nesta quarta-feira que conversou com o presidente cubano, e que ele está consciente e bem-disposto.

Alarcón afirmou hoje que Fidel Castro está "muito vivo e muito alerta", em declarações feitas à emissora de rádio americana Democracy Now!.

Em comunicado, o presidente cubano assegura que se encontra bem e que se recupera normalmente da operação. Alarcón assegurou nesta quarta-feira que esteve reunido com Fidel antes do anúncio do problema de saúde do líder, e que o próprio governante entrou em contato com ele na última segunda.

– Está perfeitamente consciente e fala muito bem, como sempre – assegurou Alarcón.

– Falamos por meia hora sobre muitas coisas que estão acontecendo no mundo, e também sobre o impacto que teve o anúncio da transferência de poder na ilha – acrescentou.

Ele disse ainda que o líder se vê obrigado a repousar:

– Foi submetido a uma operação complicada. Mas se encontra, eu diria, em um período normal de recuperação após uma cirurgia importante.

O presidente do Parlamento cubano atribuiu a doença do presidente ao fato de trabalhar muito.