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 | 11/07/2008 13h24min

Dantas deve ser ouvido hoje à tarde pela Polícia Federal

Banqueiro cumpre prisão preventiva em São Paulo

O dono do Banco Opportunity Daniel Dantas, que cumpre prisão preventiva desde ontem na carceragem da Polícia Federal (PF) em São Paulo, deve ser ouvido na tarde de hoje pelo delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras.

Dantas seria o líder de uma das duas organizações investigadas pela Polícia Federal, especializada no desvio de verbas públicas e que teria criado o Opportunity Fund, uma offshore localizada no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe. De acordo com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, Rodrigo de Grandis, esse fundo movimentou quase US$ 2 bilhões entre 1992 e 2004.

Na tarde de ontem, antes de ser informado da prisão preventiva de Dantas, o advogado do banqueiro, Nélio Machado, convocou uma entrevista coletiva no escritório do banco Opportunity na capital paulista.

Antes de começar a coletiva, os jornalistas se surpreenderam com uma televisão que reproduzia todo o ambiente da coletiva, que foi transmitida simultaneamente para uma sala do Rio de Janeiro, que a assessoria do banco informou ser o escritório do Opportunity.

A entrevista, que deveria durar cerca de meia hora, segundo a assessoria do banco, foi interrompida com pouco mais de 15 minutos — momento em que se acredita que Machado tenha recebido a informação sobre a prisão de seu cliente pela Polícia Federal (o que ocorreu por volta das 15 horas). A interrupção gerou protestos dos jornalistas.

Durante o pouco tempo da coletiva, Machado reclamou do fato de não ter tido acesso ao inquérito do caso e negou conhecer a suposta tentativa de seu cliente em subornar um delegado da Polícia Federal para que seu nome fosse retirado das investigações.

— Repilo qualquer acusação relacionada com suposto suborno — disse.

Segundo a PF, o delegado teria recebido a oferta de US$ 1 milhão de duas pessoas ligadas a Dantas: Humberto Chicaroni, também preso preventivamente durante a operação, e Humberto Braz.

Machado também disse conhecer Humberto Braz, que trabalhou numa das empresas da Brasil Telecom e confirmou que Dantas também o conhecia:

— Não nego, eles se conhecem. Não há dúvida.

Mas afirmou desconhecer qualquer tentativa de Braz em oferecer dinheiro ao delegado.

Sobre a ligação de seu cliente com outros dois presos na operação, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o megainvestidor Naji Nahas - que foram libertados na madrugada de hoje - Machado disse:

— Celso Pitta não tem nenhuma ligação com Dantas. Najas representava interesses da Itália Telecom, diametralmente oposta à Brasil Telecom e ao Banco Opportunity (de Dantas). Daniel Dantas não tem ligação com Nahas e as relações que existiram entre eles foram de conflituosidade..

Clique nos nomes abaixo e veja os perfis
Quem é Dantas
Quem é Pitta
Quem é Naji Nahas

Clique no gráfico abaixo para ver matérias, comentário da colunista Rosane de Oliveira e como foi a Operação Satiagraha:

Agência Estado
 
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