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 | 11/07/2008 01h41min

Pitta e Nahas deixam carceragem da PF em SP

Ex-prefeito de São Paulo, investidor e outras nove pessoas receberam habeas corpus do STF

O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, envolvidos na Operação Satiagraha, deixaram a carceragem da Polícia Federal, na capital paulista, à 0h55min desta sexta-feira. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu habeas corpus aos dois na noite de quinta.

O ministro estendeu a eles o benefício concedido na noite de quarta ao banqueiro Daniel Dantas, à irmã dele, Verônica, e a outras nove pessoas que tiveram a prisão decretada. Daniel Dantas, porém, foi preso novamente horas após ser liberado, por determinação do juiz Fausto de Sanctis, da Justiça Federal.

Além de Pitta e Nahas, foram beneficiadas na noite desta quinta outras nove pessoas que tiveram a prisão decretada: o filho e funcionário de Nahas, Fernando Naji Nahas; Roberto Sande Caldeira Bastos, Antonio Moreira Dias Filho e Maria do Carmo Antunes Jannini, também funcionários de Nahas; e os doleiros Miguel Jurno Neto, Carmine Henrique, Carmine Henrique Filho, Marco Ernest Matalon e Lúcio Funaro.

Miguel Jurno Neto, Fernando Naji Nahas, Lúcio Funaro e Marco Ernest Matalon não chegaram a ser presos.

— Defiro o pedido de medida liminar para que sejam suspensos os efeitos do decreto de prisão temporária expedido pelo Juízo da 6ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária de São Paulo — destacou Gilmar Mendes, em sua decisão.

Ele encaminhou cópia da decisão para o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, com sede em São Paulo, para a corregedoria-geral da Justiça Federal da 3ª Região, ao Conselho da Justiça Federal e à Corregedoria Nacional de Justiça.

A nova prisão de Dantas

Menos de 12 horas depois de deixar a carceragem da PF, Dantas, que havia sido beneficiado por um habeas corpus do STF, voltou para a prisão, desta vez acusado de corrupção ativa. Dantas estava em um escritório na Avenida 9 de Julho, em São Paulo, quando foi surpreendido com a nova ordem de prisão contra ele.

Antes de deixar o prédio da PF, às 5h30min de ontem, ao lado da irmã, Verônica Dantas, e de outros nove funcionários do Grupo Opportunity, todos acusados de crimes financeiros, o banqueiro foi intimado a prestar novo depoimento horas depois aos federais. A medida foi atribuída a uma manobra do delegado da PF Protógenes Queiroz, que investiga o caso, e do juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, para impedir que Dantas deixasse a cidade de São Paulo.

O sócio-fundador do Opportunity recebeu voz de prisão por volta das 15h30min, no escritório de um advogado. Às 16h55min, chegou à carceragem da PF, na Lapa.

A prisão decretada nesta quinta é preventiva (a duração será fixada pela Justiça) e atingiu apenas o banqueiro por suposto crime de corrupção ativa — oferecimento de US$ 1 milhão a um delegado para que ele, a irmã e os funcionários fossem excluídos da investigação.

A Procuradoria apresentou para o juiz Sanctis um depoimento e um documento que seriam provas novas contra Dantas. O documento foi achado pela polícia na casa do banqueiro, no Rio (leia reportagem nesta página).

O segundo fato exibido como prova foi o depoimento de Hugo Chicaroni, preso pela tentativa de subornar o policial. Na casa dele foram apreendidos cerca de R$ 1,3 milhão. Chicaroni intermediou o encontro de um delegado da PF, apresentado como responsável pela investigação contra Dantas, com o advogado Wilson Mirza Abraham, amigo do banqueiro, e com Humberto Braz, o "braço direito de Dantas na organização criminosa, segundo a PF.

Com acompanhamento da Justiça, o policial recebeu R$ 50 mil e R$ 80 mil "em nome do Opportunity. Há cerca de 10 dias, disse Chicaroni, pessoas ligadas ao Opportunity "levaram à casa do declarante (Chicaroni) a quantia de R$ 865 mil" a serem entregues ao delegado.

Clique nos nomes abaixo e veja os perfis
Quem é Dantas
Quem é Pitta
Quem é Naji Nahas

Clique no gráfico abaixo para ver matérias, comentário da colunista Rosane de Oliveira e como foi a Operação Satiagraha:

Agência Estado
 
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