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 | 10/07/2008 05h28min

Operação Satiagraha: Arquivos de suspeitos deixam Brasília sob expectativa

Documentos e discos de computador podem ligar poderosos a fraudes

Ponto final de uma das mais longas operações da Polícia Federal (PF), a ação que prendeu o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas pode ser o começo de incômodos para integrantes do mundo do poder em Brasília.

Com Dantas e Nahas, foram apreendidos documentos e discos de computador de conteúdo potencialmente explosivo, em razão das ligações da dupla com poderosos tornam mais explosiva sua passagem pela carceragem da PF, em São Paulo.

No Congresso, uma das fontes de preocupação é um disco de computador de Dantas apreendido pela PF em 2004, mas que só agora teve quebra de sigilo autorizada pela Justiça. O temor é de que nesse disco estejam armazenados desde dados sobre movimentação financeira até financiamento de campanhas eleitorais.

Do Japão, onde participa do encontro de cúpula do G-8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha os desdobramentos do caso. O monitoramento é feito pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que acompanha o presidente na viagem e recebe relatos de seu chefe-de-gabinete, Telton Elber Côrrea. Na terça-feira, Lula foi avisado sobre a Operação Satiagraha minutos antes de os agentes saírem a campo.

Oposição tentará convocar banqueiro, Nahas e Gushiken

Tensos, governistas e oposicionistas tentam enfatizar as ligações do banqueiro com o lado adversário. Circulam no Planalto versões de que teriam sido apreendidas no escritório do investidor Naji Nahas, um dos 17 presos da Operação Satiagraha, provas de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de dólares ao Exterior envolvendo personagens da oposição durante a privatização do sistema Telebrás, em 1998.

Setores do governo, contudo, não escondem o desconforto com as referências ao episódio do mensalão. Petistas tentam desvincular o partido das ações ilegais de Dantas.

Nos próximos dias, os tucanos tentarão aprovar na CPI dos Grampos a convocação de Dantas, Nahas e do ex-ministro da Secretaria de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken. Em 2004, Dantas teria encomendado à empresa de segurança Kroll uma vigilância sobre os executivos da Telecom Itália. A espionagem teria chegado a integrantes do governo, como Gushiken e o então presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb.

- O Congresso não pode ficar sem fazer nada. Temos de agir - justifica Gustavo Fruet (PSDB-PR), ex-integrante da CPI dos Correios convocado às pressas para a comissão.


Clique nos nomes abaixo e veja os perfis
Quem é Dantas
Quem é Pitta
Quem é Naji Nahas

Clique no gráfico abaixo para ver matérias, comentário da colunista Rosane de Oliveira e como foi a Operação Satiagraha:

 
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