| 12/02/2010 00h46min
O prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), vai apresentar seu nome como candidato ao governo de Santa Catarina. Apesar de, até agora, declarar apoio ao pré-candidato do partido, Eduardo Pinho Moreira, Dário afirma que tomou a decisão devido às pressões que vem recebendo de correligionários. O prefeito condiciona sua candidatura à realização de uma pré-convenção no final do mês de março.
Dário diz que pretende colocar seu nome à disposição do PMDB na próxima reunião do diretório estadual, que deve ser depois do Carnaval. O prefeito afirma que sua atitude não tem a intenção de rachar o partido, mas de somar.
Segundo ele, a decisão de apresentar seu nome foi tomada neste momento frente às pressões que vem recebendo de prefeitos da região, como o de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, e de alguns deputados que entendem que Dário tem potencial eleitoral para enfrentar as duas principais adversárias — Angela Amin (PP) e Ideli
Salvatti (PT).
Dário conta que
ligou nesta quinta-feira para Eduardo Pinho Moreira para esclarecer seu posicionamento:
— Não vou ser candidato de mim mesmo. O PMDB tem um candidato a quem respeito muito, mas acho que tenho o direito de colocar meu nome na disputa. Fui prefeito quatro vezes consecutivas e acho que estou preparado para este desafio.
Dário corre contra o relógio. Para ser candidato ao governo ele precisa renunciar à Prefeitura antes do dia 3 de abril. Como ele não está disposto a abrir mão do cargo sem a garantia de ser candidato, sua proposta é que o PMDB realize uma pré-convenção antes do prazo fatal.
Quanto à tríplice aliança, o prefeito afirma que vê com naturalidade a possibilidade de composição, mas revela que está disposto a se lançar em chapa pura se assim o partido quiser.
Com a decisão, o prefeito neutraliza o resultado da reunião da executiva municipal, realizada na quarta-feira à noite. O encontro foi feito para apresentar a pretensão de
Dário de concorrer ao Governo, mas, ao final,
foi divulgada uma nota em que a executiva informa que o fórum adequado para o debate é o diretório estadual.
Para a ala peemedebista que não concorda com a candidatura de Dário, o posicionamento da executiva foi visto um freio, uma vez que teria desautorizado o diretório municipal a falar em nome do partido.
Na avaliação do deputado Edison Andrino, o jogo feito pelos apoiadores do prefeito, de demorar em assumir a candidatura e gerar especulações, enfraquece o partido, pois desestimularia as bases.
O secretário geral do diretório estadual do PMDB, deputado Renato Hinning, diz que o partido recebeu com surpresa a decisão de Dário, mas que considera o pleito legítimo a qualquer filiado.
Segundo Hinning, a intenção do prefeito não deve rachar o partido, mas acaba tumultuando o processo, já que tudo estava encaminhado tendo em vista a candidatura de Pinho Moreira. No entanto, o deputado acha difícil fazer uma pré-convenção em
março.
— Marcar pré-convenção acho improvável,
prévias, talvez. O diretório é quem decidirá.
Dário Berger (esquerda) ao lado do governador: "Não vou ser candidato de mim mesmo. O PMDB tem um candidato a quem respeito muito, mas acho que tenho o direito de colocar meu nome na disputa"
Foto:
Maurício Vieira - Banco de Dados - 2009
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