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 | 06/01/2010 01h30min

PSOL pede impeachment do vice-governador Leonel Pavan

Documento foi protocolado nesta terça-feira, dia em que Pavan assumiria governo do Estado

Mayara Rinaldi, Especial

No dia em que Leonel Pavan assumiria o governo de Santa Catarina, o PSOL protocolou uma representação na Assembleia Legislativa pedindo o impeachment do vice-governador.

O documento se baseia na Operação Transparência da Polícia Federal e na ação do Ministério Público, em que Pavan é denunciado por corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa.

De acordo com o presidente estadual do PSOL, Afrânio Boppré, embora o vice-governador esteja sendo denunciado, só um julgamento da Assembleia pode levar ao impeachment.

O PSOL protocolou o documento amparado no artigo 343 do regimento interno da casa, que permite que qualquer órgão do Poder Judiciário, Comissão Parlamentar, partido político, Câmara de Vereadores, Deputado ou cidadão possa solicitar a abertura de um processo por crime de responsabilidade.

— Estamos cumprindo nosso dever. Aqui (na Assembleia) ele responde como político — afirmou Boppré, que se disse surpreso com o silêncio de alguns parlamentares sobre o caso, inclusive os de oposição.

A partir de agora, o PSOL, que não tem nenhum deputado estadual eleito, deve começar sua articulação política:

— Esperamos que os deputados sejam sensíveis ao estado de indignação da população de Santa Catarina.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Pavan informou que não vai se manifestar sobre o pedido porque esta é uma questão partidária. O líder do PSDB na Assembleia, deputado Serafim Venzon, disse que o partido pedirá ao presidente da casa, deputado Jorginho Mello, que também é tucano, para que acate a representação e dê encaminhamento.

— Se o impeachment não acontecer, não é porque o vice-governador não quer, mas porque a acusação não procede. Estão buscando notoriedade política em cima de um crime que não existiu — disse Venzon.

Para o presidente estadual do PSDB, Marco Tebaldi, isso seria uma perseguição política a Leonel Pavan.

Pavan não assumiu o governo do Estado nesta terça-feira a pedido dele próprio. Ele informou ao governador Luiz Henrique que precisava preparar a defesa e ser julgado rapidamente antes de assumir. Luiz Henrique disse ao tucano que o tempo era dele e que ele assumiria quando quisesse.

 

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