A temporada de enxugamento e pagamentos de dívidas cobra um preço alto. A folha salarial elevada, na casa dos R$ 6 milhões, as contratações de Ilsinho, Jô e Sandro Silva e a manutenção de Leandro Damião esgotaram os recursos do Inter para 2011.

Empresários, por exemplo, estariam recebendo comissões com até 90 dias de atraso, período considerado normal no mercado.

O Inter nega que em seu plano de contenção esteja o atraso no pagamento do direito de imagem de alguns jogadores, os com salários mais altos. O clube teria tomado esta atitude após consulta a estes atletas e a alguns empresários. O presidente Giovanni Luigi desmente atrasos de até 40 dias na imagem.

— Isto é improcedente. Nunca chamei jogadores para negociar atraso nos contratos de imagem. É claro que pode ocorrer algum atraso eventual, mas tudo está dentro do planejado — contestou o presidente do Inter

— No futebol você não pode ser tão rigoroso com este tipo de análise, mas, se usarmos todo o rigor possível, o nosso atraso no pagamento de salários foi de no máximo cinco dias — acrescentou o 1° vice-presidente e vice de futebol, Luís Anápio Gomes.

O caixa do clube suportará gastos até 31 de dezembro. Depois, será necessário buscar novos recursos — e seguir enxugando gastos.

Conforme o balancete de junho, o primeiro semestre financeiro do Inter apontava um déficit de R$ 21,8 milhões, e os gastos com a folha da equipe estavam, na média, em R$ 7 milhões mensais — a direção assegura que a atual é de R$ 6 milhões.

Sem vendas de jogadores na janela de agosto, a arrecadação de 2011 não deverá superar os R$ 200,7 milhões do ano passado.

O que parece inevitável é que uma nova injeção de dinheiro surja dos milhões de euros por Leandro Damião ou Oscar, provavelmente na janela de janeiro. Saiba como o clube pode contornar o problema na reportagem completa, na edição desta quinta de Zero Hora.