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Esportes  | 28/09/2011 10h

Velório de Escurinho emociona amigos e parentes no Beira-Rio

Corpo do ídolo será sepultado às 17h no Cemitério João XXIII

Adriano de Carvalho e Juliano Schüler*  |  adriano.matiazzo@rbsonline.com.br, juliano.schuler@rbsonline.com.br

Atualizada às 14h46min

O corpo do ídolo colorado Escurinho, que morreu nesta terça vítima de uma parada cardíaca, está sendo velado desde a madrugada desta quarta na Capela Nossa Senhora das Vitórias, no Complexo Beira-Rio. Junto ao caixão está a camisa 14 do Inter que ele usava para decidir os jogos nos minutos finais, e uma televisão exibe fotografias do centroavante com a família. Estão presentes no local a mulher do ex-jogador Ângela Maria e o filho Cassios, além de amigos, como Jonas Martins da Silva, 70 anos.

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— O Escurinho era um dos meus melhores amigos. Convivi com ele durante 38 anos. Ele sendo colorado como ele era e eu gremista e nunca tivemos o menor atrito durante esse período. Foi um encanto. Foi uma convivência da melhor qualidade que me marcou e agora para esquecer vai ser muito difícil. Foi um amigo muito presente na minha vida — diz o aposentado.

A cerimônia contou com a presença jogadores que atuaram ao lado do ex-atacante no Inter, entre eles o craque Paulo Roberto Falcão. Até o sepultamento, marcado para as 17h no Cemitério João XXIII, são esperadas as presenças de outros bicampeões brasileiros pelo clube que atuaram ao lado de Escurinho.


Ex-companheiro de Escurinho, Falcão participou da solenidade
Fotos: Adriano Matiazzo

Falcão: "O que sempre vou lembrar é do sorrisão dele"

Ídolo do Inter e com passagem recente pelo comando técnico do clube, Paulo Roberto Falcão participou do velório do jogador com quem conquistou dois títulos do Brasileirão. Além da qualidade do centroavante, o ex-camisa 5 destacou o caráter do amigo.

— Foi um cara brilhante, com uma solidariedade grande, muito festivo, muito alegre. O que sempre vou lembrar é do sorrisão dele. Acho que isso foi muito marcante. Como jogador todo mundo sabe, mas como ser humano ele foi ainda melhor.


Foto: Adriano Matiazzo

Volmir Massaroca: "Ele teve mais vitórias do que derrotas"

Um dos primeiros ex-jogadores a aparecerem no velório foi o ex-ponteiro Volmir "Massaroca". Ele lembra que a amizade com Escurinho vem desde os tempos em que atuou pelo Grêmio. Depois, o atleta se transferiu para o Beira-Rio e a relação ficou mais intensa.

— Conheci ele de suspensório ainda. É a perda de um grande amigo, de um irmão. Tivemos grandes momentos juntos e sempre tivemos muitas alegrias. Como jogadores, era um time sempre ganhava. Como amizade, nos encontrávamos nos bons momentos. Tristeza só agora no momento em que ele partiu — disse.

Massaroca elogiou o "exemplo de homem e cidadão" de Escurinho e exaltou o "amor à vida" do jogador.

— Ele teve mais vitórias do que derrotas — finalizou.

"Ele lutou até o final, que nem em Gre-Nal", diz o filho

O filho de Escurinho Cassios Machado conhece como poucos a luta do pai. Ele lembra que Escurinho planejava deixar a CTI do hospital e ir para o quarto. Receberia uma homenagem do arquirrival Grêmio. No dia 7, deixaria o hospital para autografar seu livro.

— Ele lutou até o final, que nem em Gre-Nal. Ele estava sempre lutando, sempre feliz, buscando superar a doença — destacou Cassios.

— Ele deixa um exemplo de caráter, era amigo de todo mundo. Até o pessoal do Grêmio que veio aqui falou que ele ganhou muitos Gre-Nais em cima deles e nunca falou mal do rival. Sempre um exemplo de jogador, um exemplo de caráter. É isso que ele deixa — afirmou.

À tarde, mais homenagens

No inicio da tarde, mais amigos e familiares e até mesmo funcionários do clube compareceram à Capela Nossa Senhora das Vitórias. Muitos deixaram de lado o uso de vestimentas pretas, em sinal de luto, e optaram pelo uso do vermelho, seja em camisas do próprio Inter ou peças de vestuário social.

Tarciso: "Não é só ídolo do lado vermelho"

Não são só colorados que admiram Escurinho. Ídolo do arquirrival Grêmio, o ex-atacante e hoje vereador de Porto Alegre Tarciso foi prestar sua homenagem a quem enfrentou muitas vezes em Gre-Nais.

— Eu tinha uma ligação muito grande com ele. Não é só ídolo do lado vermelho do Estado, foi ídolo de todos. A história dele não se apaga. Quando se voltar ao passado vão ser lembrados dos caras dos anos 70, do Escurinho. Jamais a história do Escurinho será apagada da história do Inter — disse o jogador.

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