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Esportes  | 28/09/2011 07h10min

Morte de Escurinho emociona ex-companheiros de Inter da década de 70

Dadá chorou ao saber da morte do "irmão"

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br

Acima de ídolo e grande jogador, um companheiro. Isso era o que marcava Escurinho, entre os amigos e ex-colegas. A tristeza com a notícia da morte do ex-craque colorado devido a uma parada cardíaca abalou Dario, conhecido pela alegria. Dadá Maravilha, colega de 1976 no ano do bicampeonato brasileiro, ao receber o telefonema com a notícia, por volta das 19h30min, mudou o tom de voz. O folclórico ex-centroavante, que mora em Belo Horizonte, não havia atendido a ligação, mas retornou assim que viu o celular:

— Meu Deus do céu! Eu amava o Escurinho (começou a chorar)... A gente brincava demais. Éramos como irmãos. Que Deus o proteja. Ele cantava e me abraçava. Era lindo ver aquele sorriso dele. Era uma criatura maravilhosa. O meu coração quase parou com essa notícia.

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Não foi só Dadá quem manifestou o seu pesar pela morte de Escurinho. Rubens Minelli também rasgou elogios ao ídolo. Ex-técnico do clube, responsável por montar a equipe bicampeã brasileira - 1975 e 76 -, lembrou do sorriso marcante do eterno cabeceador colorado:

— Sempre foi um companheiro, um amigo, sorridente. Eu lamento profundamente. Jamais vou esquecer dele.

Foto: Telmo Cúrcio da Silva

Outro parceiro da vitoriosa década de 70 que prestou homenagens a Escurinho foi Valdomiro. O eterno camisa 7, jogador que mais defendeu o Inter na história, com mais de 800 partidas pelo clube, lembrou da amizade formada e revelou que havia programado uma viagem a Porto Alegre para visitá-lo.

Valdomiro falou sobre o talento de Escurinho. Conhecido pela qualidade no cabeceio, para o ex-ponta direita, o craque foi o maior nesse quesito:

– Puxa vida! Acho que foi a notícia mais triste que eu recebi. O Escurinho era um irmão, um grande amigo. Eu nunca vi um cabeceador como ele. Nós, torcedores do Inter, sentiremos muito a sua falta.

Foto: Gerson Schirmer

Se a turma que se acostumou a levantar títulos com Escurinho estava muito triste, Fernando Carvalho foi outro a demonstrar seu pesar pela perda do ídolo. Na época, aquele que se tornou o principal dirigente da história colorada ainda era um torcedor de arquibancada.

O presidente campeão da Libertadores e do Mundial em 2006 comentou que aguardava o momento de ver o eterno camisa 14 ser chamado pelo técnico para resolver a partida para o Inter:

– Foi um grande ídolo. Um jogador que marcou a década de 70. Ele era pé quente. Sempre esperava ele entrar em campo para decidir.

Escurinho marcou 107 gols em 325 partidas pelo Inter, mais da metade deles feitos de cabeça, sua especialidade.

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