A história do Inter passa por Falcão e Escurinho. Além do bicampeonato brasileiro e dos títulos gaúchos, a dupla protagonizou a histórica tabela de cabeça que resultou em golaço no Brasileirão de 1976, diante do Atlético-MG. Mesmo com tantas boas lembranças do Escurinho jogador, Falcão preferiu destacar a figura de fora dos gramados de Luiz Carlos Machado, que morreu início da noite desta terça-feira vítima de parada cardíaca.

Ex-companheiro de Escurinho, Falcão participou da solenidade
Foto: Adriano de Carvalho

De passagem recente como técnico do Inter, Falcão esteve no velório do ex-jogador na manhã desta quarta-feira na Capela Nossa Senhora das Vitórias, no Complexo Beira-Rio, e definiu Escurinho em carinhosos adjetivos.

— Falar do Escuro como jogador, o que ele fazia dentro de campo, é desnecessário. Todo mundo acompanhou a trajetória e a capacidade dele. Temos que falar da figura dele fora dos gramados, uma figura brincalhona, solidária, uma pessoa que se preocupava com todos. [...] Ele era uma figura inesquecível, para quem trabalhou com ele.

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Falcão afirmou ter se surpreendido com a notícia da morte de Escurinho. O ex-jogador tinha 61 anos e acabou vitimado por uma parada cardíaca. Desde abril estava internado para tratar sérios problemas de diabete.

— Ontem (terça), estava jogando tênis no final da tarde e fiquei sabendo depois disso. Sabia que ele tinha feito outra amputação na perna, mas foi uma surpresa. Achei que fosse uma situação que fosse levar muito mais tempo e certamente era o que nós, que gostamos dele, queríamos. Foi duro, esperava que ele fosse continuar entre a gente, mas falando com os familiares dele, notei que estavam muito tristes por que ele estava lutando.

Foto: Adriano de Carvalho

Até o sepultamento, marcado para as 17h no Cemitério João XXIII, são esperadas as presenças de outros bicampeões brasileiros pelo clube que atuaram ao lado de Escurinho.