A delegação do Avaí desembarcou na última segunda-feira na Capital com uma ausência: Silas ficou em São Paulo para definir com a família o seu futuro. Ele teve a sorte de não ouvir a insatisfação de torcedores que estavam no Aeroporto Hercílio Luz. Sem o técnico, os jogadores enfrentaram, cabisbaixos, as vaias.

O momento de incertezas tem permanecido sobre a Ressacada. Depois das indefinições quanto à saída de Marquinhos e de Renan, agora é a vez do treinador. O capitão Marcinho Guerreiro acha que as especulações não prejudicam o trabalho diário do time, mas torce para que a definição aconteça o mais rápido possível.

— Tivemos o sai não sai do Renan, isso é complicado. Mas Silas é experiente, sabe o que faz. Esperamos que continue, mas se for melhor para ele, iremos apoiar — disse.

A resposta deverá ser dada ao clube do Oriente Médio ainda esta semana. Informalmente, circulam informações que Silas irá aceitar a proposta. O presidente João Nilson Zunino declarou, por telefone, que o Avaí não irá interferir na decisão.

— Falei para ter tranquilidade. Sei que, além da família, o Silas leva em conta a sua relação com o clube. Mas acho que ele tem que pensar na questão financeira. É raro um treinador ganhar o que eles ofereceram nessa proposta — aconselha Zunino.

Caso a saída de Silas seja confirmada, além do nome de Péricles Chamusca, ex-treinador do Al Arabi, o ex-comandante do rival Figueirense, Márcio Goiano, estaria cotado para assumir a vaga. Na segunda, por telefone, ele negou que tenha sido procurado, mas não descartou assumir o time se receber um convite do clube.

— Eu ficaria feliz se recebesse o convite porque sou profissional, seria um reconhecimento. Conheço a estrutura do Avaí, tenho uma amizade muito boa com o Zunino e seria um desafio para mim — revelou.

A reapresentação será na tarde desta terça-feira, às 15h, na Ressacada. Quem sabe, com uma definição.