Esportes | 29/12/2010 11h11min
Se o sonho para ter Ronaldinho custa R$ 17,6 milhões, a contratação pelo Grêmio ficaria inviabilizada. Para o Grêmio e para qualquer outro clube brasileiro, no entendimento do vice de futebol tricolor, Antônio Vicente Martins. O dirigente, no entanto, diz não ter conhecimento sobre o valor que está em contrato no Milan para a negociação. E, apesar de as últimas notícias não serem muito boas para os gremistas, Vicente mantém o otimismo projetando final feliz.
— Tem um valor em contrato que eu não sei quanto é, mas esse (R$ 17,6 milhões) é um valor impagável para o futebol brasileiro — apontou o dirigente por telefone ao clicEsportes nesta quarta.
— Ninguém vai pagar essa multa sabendo que no final de junho termina o contrato dele — completou.
Vicente sempre disse, e continua afirmando, que a negociação é complexa e exige uma grande engenharia até que se chegue a um acordo. Ele compara a tratativa como um esforço que seria feito para contratar um show dos Rolling Stones ou do Paul McCartney.
— Vai ter idas, vindas, idas, vindas... A grande questão que temos é que o Grêmio quer contratar o jogador, e ele quer vir. E o fato de o Milan não quer o jogador, já que não tem usado ele. Ainda vai dar mais voltas. Eu continuo tranquilo, com otimismo, mas com prudência — ponderou.
Liberar um jogador que tem ainda seis meses de contrato em vigor parece não estar nos planos do Milan, e “nenhum clube faria isso, nem o Grêmio”, nas palavras de Vicente. A direção tricolor entende isso e não descarta aguardar até o final de junho, quando o vínculo de Ronaldinho se encerra com os italianos.
— Ele vai cumprir o contrato, a não ser que todo mundo chegue a um acordo, um denominador comum, em que o Milan vai abrir mão de algumas coisas, o jogador de outras. Acho que isso é um obstáculo, e se eles permanecerem com a posição desse pagamento, esse negócio fica adiado para o final de junho — disse.
Apesar disso, o vice de futebol tricolor ainda se faz alguns questionamentos:
— Vamos fazer o raciocínio: O Milan deixaria de ter um gasto com ele, pois não está aproveitando ele, e ele recebe um milhão por mês. Liberando com seis meses de antecedência, já sabendo que ele não vai jogar, não acaba economizando seis milhões? — comentou Vicente, deixando a pergunta no ar.
O Grêmio projeta repatriar Ronaldinho há aproximadamente três meses. Por isso, Vicente não acredita que o fato de a tentativa da direção ter sido divulgada e ganhado as manchetes da imprensa mundial tenha atrapalhado algo no meio do caminho.
— É impossível manter uma negociação por tanto tempo sem ninguém saber. Eu sigo tranquilo porque já disse que não estava fechado, nem com o jogador. Tem tratativa, mas no papel nada ainda — ressaltou.
Mesmo que as últimas notícias não sejam muito favoráveis ao Grêmio, o dirigente continua acreditando no final feliz. Agora ou no meio do ano que vem.
— Acho que, sem dúvida alguma, se estende. Mas para ter um final feliz — disse.
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