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Esportes  | 09/12/2010 06h30min

Recuperado de cirurgia no joelho, Eduardo Costa sonha voltar aos bons tempos

Na sua segunda passagem pela Europa, ex-volante do Grêmio vem sofrendo com seguidas lesões

Vinicius Rebello  |  vincius.rebello@rbsonline.com.br

Toda semana, o clicEsportes conversa com ex-jogadores da dupla Gre-Nal que hoje brilham em gramados distantes do Rio Grande e do Brasil. Hoje, a série mostra como está o volante Eduardo Costa, ex-Grêmio.

Volante que encantou o país no time do Grêmio treinado por Tite, campeão da Copa do Brasil em 2001, Eduardo Costa está recuperado de uma cirurgia no joelho feita há seis meses atrás e agora espera reassumir a titularidade na equipe do Mônaco. O jogador de 28 anos vem atuando no time B do clube francês para recuperar o ritmo de jogo.

Esta é a segunda passagem de Eduardo Costa no futebol europeu. Logo após a grande campanha no início de 2001 com a camiseta tricolor, o volante se transferiu para o Bordeaux, onde atuou por três anos. Em 2004, foi para o Olympique de Marseille, mas não ficou muito tempo por lá. Logo foi para o Espanyol, de Barcelona.

— A minha primeira passagem pela Europa foi bem melhor. Desde que retornei para a França, tive algumas lesões que nunca havia me acontecido. Agora que vou entrar em competição — disse Eduardo Costa.

Foto: AFP

Quando voltou ao Grêmio em 2007, depois de três anos atuando no futebol espanhol, Eduardo Costa disse que uma de suas principais dificuldades no time catalão era a falta de competitividade da equipe, que jamais entra forte na briga por um título. No Mônaco, onde atua, este problema não existe. O clube está entre os cinco maiores da França. No entanto, ocupa a zona de rebaixamento no Nacional atualmente.

— No ano passado, chegamos a uma final de Copa Francesa. Mas fazem quatro anos que o time não ganha nada. A pressão é enorme. Mas isto é bom. Eu gosto. Quero voltar logo a jogar em alto nível, pois nunca fiquei tanto tempo fora de combate — afirma o volante.

Catarinense de Florianópolis, Eduardo Costa chegou ainda muito novo ao Grêmio. Com 13 anos, morou na concentração do Estádio Olímpico durante um bom tempo. Aos 19, alcançou a consagração. Eleito um dos melhores na posição do país, o volante era titular absoluto na equipe que conquistou o último título nacional do Tricolor.

A final épica contra o Corinthians no Morumbi jamais sairá da memória dos torcedores gremistas. Uma atuação de luxo para fechar com chave de ouro uma campanha impecável e com grandes apresentações.

— Não tem como não torcer pelo Grêmio. Cheguei muito novo aí e só tive coisas boas. No início, passei por algumas dificuldades, mas depois só foram alegrias. Tenho muitos amigos. Pessoas que eu gosto de verdade. Torço muito para o time sempre estar bem. Tanto em Florianópolis, que é a minha cidade, como em Porto Alegre, sempre sou bem recebido pelos gremistas. Me param em tudo que é parte, restaurantes, lojas. O Grêmio faz parte da minha biografia de vida.

Foto: Jefferson Botega

— Na segunda vez que jogou pelo Grêmio, Eduardo Costa não conseguiu nenhum grande título. Saiu do clube em 2008 para atuar no São Paulo, contra sua vontade. Problemas financeiros e outras coisas que o atleta prefere não lembrar impediram sua permanência em Porto Alegre. Nada que altere o carinho que tem pelo clube que o revelou.

Como torcedor, acompanhou a campanha do Grêmio no Brasileirão de 2010 e a reação da equipe após a chegada do técnico Renato:

— Foi um risco contratar o Renato por ele ser um ídolo da torcida. No futebol a memória é curta. Ele, pela história que tem no clube, mostrou muita personalidade. Não correu do desafio. Tudo ocorreu muito bem. A torcida voltou a apoiar o time. Com a chegada dele, criou uma energia, uma coisa positiva muito grande. Isto ajudou. Os jogadores não são bobos. Sabem o que ele representa dentro do clube. Respeitaram o Renato. Ouviram o Renato e entraram na barca junto com ele.

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