Esportes | 11/11/2010 06h30min
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Toda semana, o clicEsportes conversa com ex-jogadores da dupla Gre-Nal que hoje brilham em gramados distantes do Rio Grande e do Brasil. Hoje, a série mostra um pouco da vida do lateral-direito Felipe Mattioni, ex-Grêmio.
O lateral-direito Felipe Mattioni tem tempo para pensar. Afastado dos gramados devido a uma lesão no joelho, sofrida antes de estrear pelo Espanyol, o jogador enfrenta uma lenta recuperação, que deve se prolongar até o próximo ano. Até lá, o atleta, comparado a Cafu pela imprensa espanhola, concentra-se na fisioterapia e acompanha à distância o Grêmio, time que o formou.
— Torço muito para que, no mínimo, essa vaga na libertadores venha —afirma o lateral. — O trabalho do Renato devolveu a cara do verdadeiro Grêmio.
Mattioni acertou a ida para o Espanyol em julho deste ano, após uma boa temporada defendendo o Mallorca, com 20 jogos e um gol. Em agosto, durante um treino, antes de vestir as cores da nova equipe, sofreu ruptura total do ligamento cruzado anterior e ruptura do menisco externo do joelho direito. No final daquele mês, teve de se submeter a uma cirurgia no joelho. Em seguida, deu início às sessões de fisioterapia, que podem se estender por até sete meses.
— A recuperação está evoluindo — conta Mattioni. — Mas é uma lesão muito complicada. Até o momento em que comecei a recuperação, não tinha ideia do quão difícil seria. Não só pela parte física, mas também pela psicológica. Isso porque você sabe que não vai poder fazer aquilo que ama por determinado tempo e porque se sente incapaz fisicamente. Mas, quanto mais o tempo passa, mais perto você está de voltar a jogar, e essa evolução anima.
"Não tem como não sentir saudade"
Mesmo com o pensamento voltado para a recuperação, a mente retorna a Porto Alegre em recordações. Mattioni foi revelado nas categorias de base do Grêmio e viveu na capital gaúcha durante sete anos.
— Não tem como não sentir saudade. É onde passei minha adolescência, onde vivenciei momentos inesquecíveis, principalmente em minha formação profissional. É onde tenho familiares, amigos, namorada.
O jogador mantém contato pela internet com ex-colegas de Grêmio, como Carlos Eduardo e Douglas Costa. Ele não sabe, entretanto, se poderá voltar ao Olímpico para reencontrar funcionários e jogadores durante o recondicionamento físico.
— Provavelmente não, porque o clube quer que eu dê continuidade aqui ao trabalho de recuperação. Nas férias, sempre vou até lá visitar o pessoal que não tenho contato pela internet. E também funcionários como o dr. Márcio Dornelles, das categorias de base, e toda a equipe do profissional.
A saída do Grêmio ocorreu em janeiro de 2009, após sua estreia nos profissionais em 2008. Apesar de contar com qualidades como velocidade e técnica, o lateral-direito não se firmou como titular de Celso Roth. Dividiu com Paulo Sérgio a preferência do técnico até o fim do ano. Em 2009, transferiu-se para o Milan. Embora não tenha jogado na Itália, o jovem conquistou um contrato com o Mallorca. Lá, sim, deslanchou e fez uma boa temporada, que lhe rendeu comparações com Cafu. Em 2010, Mattioni decidiu seguir na Espanha:
— Dentre as muitas propostas do futebol europeu, optei por continuar na Espanha, pela qualidade que a Liga Espanhola tem hoje e para dar continuidade a uma temporada de destaque. Dos clubes espanhóis, o Espanyol foi o que mais me impressionou, pela estrutura de trabalho, organização e convicção da diretoria em comprar meu passe. Além disso, o treinador, Mauricio Pochetino, me passou muita confiança — revela o jogador, que tem contrato de cinco anos com o clube.
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