| 13/10/2010 07h11min
O presidente eleito Paulo Odone terá um nó financeiro para desatar quando assumir o Grêmio.
A atual direção antecipou algumas receitas ordinárias importantes do clube para 2011. Abocanhou toda a cota do Gauchão junto a Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Só aí são R$ 4,5 milhões. Há os R$ 6 milhões de luvas pela assinatura do contrato de quatro anos, mas estes todos os clubes receberam. Não entram nesta conta.
O Grêmio também pediu ao Clube dos 13 — e levou — 50% do que tem direito pelo Brasileirão: cerca de R$ 10 milhões, variáveis conforme a posição no ranking do pay per view. É o máximo permitido pelo regulamento da competição, cujos direitos são da Globo. No Gauchão, quem transmite os jogos é a RBS TV.
A Puma, fornecedora do material esportivo, também adiantou valores. Somando tudo, dá algo em torno de R$ 15 milhões. É como vender um grande goleador como Jonas e não colocar a mão em um centavo de real sequer.
Não é a prática mais correta e elevada com o sucessor, embora corriqueira no Brasil. No Santos, Marcelo Teixeira caprichou na antecipação de receitas antes de entregar o cetro ao sucessor Luís Álvaro Ribeiro em janeiro. Nem por isso a Vila Belmiro deixou de abrigar as taças de campeão paulista e da Copa do Brasil.
Sempre há uma saída, mas está errado. Se Odone será cobrado pelos resultados de 2011 é justo que tenha direito a 100% da arrecadação do Grêmio em 2011. Não terá.
O futuro vice de futebol, Antônio Vicente Martins, já trabalha duro na transição. A conta telefônica do celular será mais cara este mês por conta das conversas com Alberto Guerra.
A criatividade nas parcerias com fundos de investimento, mecenas e empresas precisa emergir o quanto antes. Do contrário, faltará dinheiro para trazer os reforços de "lotar aeroporto", como se diz no jargão do futebol.
Siga a coluna no twitter
ZERO HORAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.