O torcedor do Grêmio tem motivo para estar chateado. Perdeu em casa no dia do aniversário do clube pelas mãos de Felipão, um de seus ídolos. Mas o time não jogou mal. Teve bravura, atacou, mostrou garra. E foi prejudicado pela arbitragem: não foi falta de Neuton em Ewerthon, que resultou no primeiro gol do Palmeiras, na ótima cobrança de Marcos Assunção.

Não é caso para drama. Não há motivo para pensar no fantasma do rebaixamento arrastando correntes pela Azenha outra vez.

Ainda assim, a noite de ontem oferece uma questão: Souza. Pelo que ele não vem rendendo do ponto de vista técnico, não seria o caso de reforçar a marcação no meio-campo?

Maylson, Roberson, até Ferdinando (adiantando Rochemback e seu chute forte para mais perto da área) talvez injetassem ânimo no setor.

Douglas foi mal ontem, é verdade, mas não pode sair do time. Nos melhor momentos do Grêmio este ano, sempre houve Douglas como personagem principal. Adílson tem sido destaque. Rochemback é o capitão, e Renato aposta nele. Por isso, Renato poderia pensar em tirar Souza contra o Avaí, em Santa Catarina, domingo.

Seria uma forma de reforçar a pegada no meio-campo sem abrir mão do poder de fogo lá na frente. Douglas se aproximaria dos atacantes e da área. E ali, se o zagueiro vacilar, ele é candidato a liquidar o jogo.

Não creio que Renato vá mexer no time. A tendência é manter a escalação e o esquema, para dar ritmo e padrão à equipe. Não está errado. Mudar motivado por uma derrota para o Palmeiras de Felipão não é o ideal. Mas até pelo fato de estar voltando de cirurgia, talvez fosse o caso de preservar Souza.

O esquema não seria tão alterado assim. Apenas ganharia força na marcação em uma partida perigosa fora de casa, já que o Avaí precisa desesperadamente da vitória para espantar o medo da zona de rebaixamento da Ressacada.

Souza, eis a questão que a derrota de ontem diante do Palmeiras, que se fechou e contra-atacou bem ao estilo Felipão, oferece para o debate.
 

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