| 08/09/2010 07h10min
Em meio a tantas notícias ruins, ao menos uma boa.
Ela já esteve nos R$ 30 milhões, misto de vergonha e absurdo para um clube do tamanho do Grêmio, mas acaba de cair para administráveis R$ 7 milhões graças a Carlos Eduardo e Hugo.
O condomínio de credores caminha para o cadafalso.
Novos devedores podem desistir de ações na justiça para entrar em acordo, atrasando a decapitação das dívidas herdadas da fracassada parceria com a ISL, estabelecida no começo do milênio. Mesmo que isso aconteça, ainda assim o cenário é positivo.
Duro era ver processos tramitarem até a fase de execução, como aquele no qual o clube ofereceu de garantia os campinhos ao lado do Jockey Club e foi salvo pela ida de Leo para o Palmeiras em troca da dívida de R$ 8 milhões.
Carlos Eduardo foi vendido pelo Hoffenheim para os russos do Rubin Kazan por R$ 44 milhões. O Grêmio havia negociado o atacante com os alemães por R$ 18 milhões. Como manteve 20% da diferença entre os dois valores, faturou bom dinheiro. Somando o mecanismo de solidariedade da Fifa, que protege os clubes formadores, foram R$ 5,5 milhões.
A ida de Hugo para os Emirados Árabes garantiu mais R$ 2,2 milhões. Parte desta pequena fortuna migrou para abater a dívida do condomínio.
O vice de finanças Irany Santana está otimista ao ponto de propor quitação à vista com alguns devedores se estes oferecem gordos descontos. No ano que vem o Clube dos 13 vai renovar os direitos de TV com a Globo. O contrato do Banrisul termina em junho. Em ambos, há previsão de reajustes alvissareiros.
Moral da história: o Grêmio não ganha, mas paga títulos.
O coração do torcedor não bate mais forte por isso, mas é um fato.
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