| 10/07/2010 09h06min
O local em que policiais e bombeiros procuram Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno desaparecida desde o início do mês passado, já foi investigado como área de execuções. A procura se concentrou na propriedade alugada por Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.
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Ele integraria um grupo de extermínio, que atuaria dentro do Grupo de Respostas Especiais (GRE), uma equipe de elite da Polícia Civil de Minas Gerais. Ontem, nada foi encontrado.
Bola foi excluído da corporação em maio de 1992, pouco mais de um ano após ingressar, sob a acusação de falta de idoneidade e indisciplina. O sítio no bairro Coqueirais também funcionava como um centro de treinamento do GRE.
Em 2008, segundo fontes policiais, Bola foi chamado a depor como investigado em um inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil, após três integrantes do GRE serem denunciados pelo desaparecimento de dois homens.
O esquema foi revelado pelo então inspetor Júlio Monteiro, com apoio de outros policiais. A suspeita era de que as vítimas eram mortas, esquartejadas e queimadas em pneus no sítio. Restos mortais também serviam de alimento para cães ferozes — no depoimento do jovem J., primo de Bruno, ele relata que o mesmo teria sido feito com o corpo de Eliza após ela ter sido estrangulada por Bola.
Na época da investigação, pelo menos oito agentes foram afastados do grupo de elite. A denúncia falava em outros crimes, incluindo fraudes e assaltos.
Nove pessoas foram presas por homicídio, sequestro e cárcere privado, além de lesão corporal. A polícia trabalha com a hipótese de que a morte de Eliza tenha sido premeditada. Ex-amante do atleta, Eliza tentava provar na Justiça que Bruno era pai de seu filho.
Criminalista participou de chat nesta tarde em Zerohora.com e esclareceu dúvidas sobre o caso. Confira abaixo a íntegra do bate-papo: