É mesmo incrível o que acontece com Andrezinho no Inter.

Mesmo depois de tudo o que ele fez em 2009, apesar dos tantos gols decisivos de falta, mesmo sendo um dos jogadores que mais partidas fez na temporada, ainda que nunca tenha reclamado de nada apesar de jamais ser considerado titular com um desempenho sempre superior ao badalado D'Alessandro, o Inter parece não estar muito interessado em mantê-lo no Beira-Rio. O vice de futebol Fernando Carvalho diz que a negociação regrediu.

Ora, vamos combinar. Depois de vender Alex, Edinho e Nilmar, dinheiro é o que não falta no Beira-Rio. O preço por 50% dos direitos econômicos é de US$ 2,5 milhões. É caro, para os padrões brasileiros? A resposta é: sim.

Mas é ano de Libertadores. Onde achar um meia de múltiplas funções, exímio cobrador de faltas e disciplinado dentro e fora do campo, daqueles que nunca causa problema algum no vestiário?

Duvido que uma boa negociação não reduza os valores em questão. Quem sabe colocando jogadores no negócio. O Inter B está cheio de alternativas. Em um ano como será 2010 para o Inter, com Gauchão, Libertadores e Brasileirão, manter um jogador de meio-campo com o perfil de Andrezinhho é fundamental. Serão muitos jogos, boa parte decisivos.

O Inter deveria tratar Andrezinho como prioridade. Algo tão importante como buscar um reforço da Europa. D'Alessandro é o cisne, mas quem salvou a pele do Inter em várias oportunidades durante 2009 foi o patinho feio.

Parece que o Inter, na hora de renovar e resolver a situação de Andrezinho, trata um jogador de extraordinária utilidade como tratou durante o ano. Andrezinho nunca teve no Beira-Rio o devido reconhecimento pelos serviços prestados.

Não é um craque, mas trata-se de um bom meia. E um bom articulador é artigo raro no futebol brasileiro. Mais: um que aceita participar das lides defensivas, como é o caso, é quase espécie em extinção.

O Inter deveria tratar a renovação de Andrezinho com grau 1 de prioridade. Em ano de Libertadores, não dá para perder ninguém relevante do grupo.


 


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