| 03/12/2009 00h35min
O Conselho Deliberativo do Figueirense tomou conhecimento na noite desta quarta-feira, dia 2, da proposta de prorrogação de contrato com a Figueirense Participações. A atual gestora do clube quer, entre outras coisas, 20 anos de exploração empresarial ampla e completa, além de 80% de rentabilidade exclusiva nos lucros.
As cláusulas são repletas de detalhes e, por isso, o Conselho decidiu contratar um especialista, o advogado Fabrycio Raupp, para tomar uma decisão mais segura.
Durante quase uma hora, Raupp explicou a 50 conselheiros — 113 estavam convocados — as questões que merecem maior cuidado no caso de aprovação.
Uma delas diz respeito aos 20% do lucro líquido destinado à instituição. Pelo novo contrato, esse percentual seria administrado pela Figueirense Participações, indicando onde e como ele deverá ser aplicado. A reação dos conselheiros, antes do início das discussões — os jornalistas tiveram acesso apenas à explanação da
proposta — foi de desaprovação.
Outro ponto refere-se ao registro federativo dos atletas, hoje vinculados ao clube, que passariam a ter o controle total da gestora.
— O que se observa é que a gestora quer liberdade para operar no mercado — disse Raupp.
O advogado também falou sobre a cláusula que sugere a terceirização de setores do clube, como o departamento de futebol, sem a necessidade de consulta aos conselheiros.
O novo modelo de gestão chegou ao Conselho há 10 dias, e uma comissão específica, formada por seis pessoas, teve acesso preliminar ao conteúdo. Agora, uma nova reunião deve ser agendada. O presidente do Conselho Deliberativo, Nestor Lodetti, antecipou que provavelmente ocorrerá uma negociação. A Figueirense Participações pediu resposta até o dia 10 deste mês.
Presidente do Conselho Deliberativo, Nestor Lodetti, disse que haverá uma nova negociação
Foto:
Ricardo Duarte