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 | 04/09/2009 05h01min

Remodelação do Olímpico é alternativa à Arena

Movimento Grêmio Acima de Tudo sugere projeto com hotel e prédios na Azenha

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Apesar de aprovada em maio de 2007, a ideia da construção de um novo estádio não é unanimidade entre os conselheiros do Grêmio. Grupo político que tem como inspirador o ex-presidente Hélio Dourado, o Grêmio Acima de Tudo apresenta como “plano B” a remodelação do Olímpico, construído em 1954.

Areforma, concebida pelo arquiteto Plínio Almeida, morto em junho, seria acompanhada da criação de unidades de negócios no entorno do estádio, cujo faturamento irrigaria as finanças.

– O Olímpico não tem nenhum problema estrutural que impeça a remodelação – assegura Flavio Jacobus, criador do Grêmio Acima de Tudo.

Jacobus critica o projeto da arena por não proporcionar ao clube participação nos negócios periféricos, que incluem shopping, hotel e centro de convenções. Presidente do movimento, Gabriel Pauli Fadel também é duro na rejeição ao “negócio arena”.

– Comparada com a Azenha, a localização da arena não é privilegiada. Além disso, só seremos proprietários após 20 anos. Preferimos uma casa própria, em que a bilheteria e a gestão sejam do Grêmio – defende.

Fadel acrescenta que itens como a situação dos proprietários de cadeiras e de associados que desfrutam de descontos em jogos no Olímpico também precisa ficar bem clara antes da construção da arena. O conselheiro faz parte do grupo que dá formatação jurídica à Grêmio Empreendimentos (GE), empresa que irá gerir a construção da arena. Quando a empresa estiver constituída, Fadel assumirá a vaga do ex-presidente Paulo Odone na empresa.

Estádio ganharia mais 16 mil lugares com reforma

Detalhes da remodelação do Olímpico aparecem no blog do Grêmio Acima de Tudo na internet (http://gremioacimadetudo.blogspot.com/). Para tornar economicamente viável um estádio deficitário, o projeto prevê a construção de três torres de apartamentos, centro comercial, hotel, centro de convenções e edifício-garagem.

– A elevação dos índices de construção da Azenha supervalorizou a área – acredita Fadel.

Remodelado, o Olímpico teria capacidade ampliada em 16 mil lugares com o rebaixamento do gramado e a construção de mais 12 degraus de arquibancada. Outra fonte alternativa de arrecadação, conforme o movimento, seria a abertura de capital da Grêmio Empreendimentos, com a colocação de ações do clube no mercado de capitais.

180 dias para a OAS
A partir de amanhã, a OAS terá seis meses para obter junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) o financiamento que permitirá construir a arena. Uma das cláusulas do contrato firmado com o clube dia 19 de dezembro diz que a construtora estará desobrigada de fazer a obra caso não obtenha o financiamento até 5 de março de 2010. O texto fala em um financiamento de, no mínimo, 45% do custo estimado da arena, nunca inferior a R$ 140 milhões. Hoje, a obra está orçada em cerca de R$ 350 milhões.

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