| 16/05/2009 17h58min
O presidente do México, Felipe Calderón, entregou neste sábado à Organização Mundial da Saúde (OMS) toda a informação disponível sobre a cepa do vírus A (H1N1) da gripe suína, para produzir uma vacina que permita reduzir os riscos de uma pandemia. Em cerimônia na residência presidencial, o líder mexicano entregou uma autorização oficial com a informação da cepa ao representante da OMS e da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) no México, Phillippe Lamy.
— O México coloca a partir de hoje à disposição da OMS a cepa do vírus A (H1N1), que afetou milhares de mexicanos e vários países — disse Calderón.
Além disso, entregou toda a informação estatística dos pacientes que foram atingidos pela doença. Acrescentou que concede esta informação a serviço do conhecimento, com o objetivo de "contribuir para que, no menor tempo possível, tenhamos uma vacina eficaz para que sirva ao México e a todos os países, especialmente aos com menos capacidade econômica".
Calderón afirmou que a vacina deve
ser um bem público global, "cuja fórmula esteja acessível a todos os países e para toda a população", a fim de que todas as nações possam produzi-la, e, por isso, o interesse do México em que "se desenvolva na rede da OMS". O presidente insistiu em que os mexicanos atuaram com transparência para alertar o mundo sobre esta doença, o que permitiu às autoridades sanitárias de outros governos implementar medidas preventivas para detectar e atender as pessoas infectadas. Insistiu em que esta situação é um desafio global que requer a participação e a responsabilidade de todos os países, e acrescentou que o mundo deve reconhecer o trabalho do México de informar oportunamente sobre o surgimento do novo vírus.
Também reiterou sua rejeição às decisões de algumas nações de restringir as viagens ao México, e agradeceu a todos os governos que já as eliminaram ou que não as aplicaram. O ministro da Saúde mexicano, José Ángel Córdova, afirmou que a epidemia se encontra em uma "etapa de decréscimo", mas
esclareceu
que é preciso manter as medidas de precaução estabelecidas. Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
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EFE
Felipe Calderón (direita) faz a entrega ao representante da OMS no México, Phillippe Lamy
Foto:
Francisco Santos, EFE