| 14/11/2012 14h33min
Presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) em Santa Catarina e com atuação da Polícia Civil há mais de 40 anos, sendo 25 anos na divisão Antissequestro, o delegado Renato Hendges afirma ter informações que criminosos de São Paulo estariam ordenando bandidos locais a cometerem atentados no Estado.
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— Tenho conversado com colegas de São Paulo e eles (criminosos) estão mandando atuar aqui — declarou Hendges, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), referindo-se a integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.
Para o delegado, o problema está enraizado no sistema prisional catarinense. Ele aponta a superpopulação carcerária como fator agravante, pois atualmente há 17 mil presos e a capacidade é de até 10 mil presos.
Em Criciúma, no Sul de SC, dois ônibus foram
incendiados nesta madrugada
Foto: Maurício Vieira / Agência RBS
O presidente da Adepol diz ter dados recentes que apontam que ainda faltam ser cumpridos 10,4 mil mandados de prisão em Santa Catarina, mas que não há prisões para abrigar mais detentos.
Hendges criticou a demora do governo em construir novas cadeias. Ele defende a declaração de emergência no sistema para agilizar as obras necessárias.
Defende ainda a instalação imediata de parlatórios em todas as cadeias para dificultar a comunicação de presos líderes de facção, novos bloqueadores de celular, portas com detectores de metais e a urgente implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Estado.
Na entrevista coletiva na tarde de terça-feira, o delegado geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila negou a vinda de criminosos de SP para atuar em atentados no Estado.
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