| 13/11/2012 01h32min
Por telefone, por volta da 1h da madrugada, o tenente-coronel Araújo Gomes confirmou ao DC a onda de atentados na Capital. Na madrugada desta segunda-feira, uma viatura da polícia foi incendiada no Bairro Saco dos Limões, e, na madrugada desta terça-feira, um ônibus queimado em Canasvieiras.
ENTREVISTA: Tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da PM
Diário Catarinense — O que está acontecendo nessa noite em Florianópolis?
Araújo Gomes — Estamos tendo problemas com atentados.
DC — Procede a informação de três ocorridos até agora?
Araújo — Procede.
DC — Alguma vítima ou não?
Araújo — Não.
DC — Atribuem à facção ou alguma coisa assim?
Araújo — Na verdade, o plano de contingência montado prevê, nesse momento, que a preocupação é ativar a proteção de algumas situações, algumas atividades. Depois, em um segundo momento, é que a inteligência irá atribuir a causalidade.
DC — Haverá à noite, então, reforço e proteção às unidades policiais?
Araújo — É, na verdade sim, conforme a gente já tinha planejado com antecedência. Então, na área do 4º Batalhão houve um reforço nas áreas operacionais consideradas críticas. Houve uma intensificação do policiamento nas comunidades consideradas mais problemáticas e nós estamos fazendo a escolta de algumas rotas de ônibus que são consideradas mais críticas.
DC — É a primeira vez que se tem aqui um atentado a ônibus dessa forma, com fogo?
Araújo — Nesses moldes, sim. Houve há dois anos um que não ficou muito bem explicado, no pátio onde ele estava estacionado, mas se atribuiu até a um doente mental ou coisa parecida. Fora isso, não tinha acontecido.
DC — Alguém detido até agora?
Araújo — Já tem detido. Um suspeito está detido pela Polícia Militar pelo atentado de Canasvieiras.
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