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Tendo como lindeira a Floresta Amazônica, a família Dalmolin aposta no aumento do número de sacas colhidas por hectare de soja para compensar a proibição de estender a lavoura derrubando o mato em Sinop (MT). A derrubada é uma prática tradicional na região que está sendo abandonada pelos agricultores, depois que o governo federal determinou que, para ter direito aos créditos agrícolas, tem de respeitar as leis ambientais. O ramo da família Dalmolin, que vive em Sinop, veio se formando no caminho, entre o Rio Grande do Sul e o norte de Mato Grosso. O patriarca, Ricardo, já falecido, saiu de Guaporé nos anos 60 e foi morar em Quilombo, oeste catarinense. Lá conheceu Anilze e se casou com ela. Os filhos, Vilmo, 49 anos, Vilmar, 45 anos, e Josenei, 42 anos, migraram para Mato Grosso nos anos 80 e compraram a área onde vivem, que soma uns 800 hectares. |
Foram cortando o mato à medida em que aumentavam a área agrícola da propriedade. Hoje, eles têm desmatados 450 hectares. – Com todas as restrições que se tem para aumentar a área da lavoura, dá vontade de ir embora. Mas, pensando de cabeça fria, pode ser um bom negócio – avalia Vilmo. A seguir, ele explica o seu raciocínio, lembrando que sua região é servida por estradas asfaltadas, uma raridade no Norte. Está a 25 quilômetros de uma cidade importante, Sinop, e, o que considera muito relevante, a soja vive um bom momento no mercado internacional. – As nossas terras valorizaram 40% – estima. O irmão mais novo, Josenei, acredita que não será um grande problema aumentar a produtividade de 50 sacas por hectare para 60, porque existe tecnologia no mercado. – O que acontecia antes é que era mais barato aumentar a área da lavoura derrubando mato do que gastar dinheiro com produtos químicos – afirma.
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