Uma das facetas da violência em Florianópolis se revela no trânsito: a média de mortos com idade entre 15 e 29 anos para cada 100 mil habitantes em acidentes é de 44, mais que o dobro da de homicídios. Outro dado preocupante é a média anual de 193 boletins de ocorrência por estupro, ou um a cada dois dias – a exemplo dos demais tipos de crime, menos da metade é de fato investigada pela polícia.
Ainda assim, o Icom avalia que, quando observados no contexto brasileiro, os números e percentuais de Florianópolis são considerados bons. O tráfico de drogas é uma exceção: os BOs saltaram de 461 em 2010 para 1.078 em 2014 – um aumento de 132%. O número de roubos também subiu nos últimos três anos - em especial a pessoas que se deslocam a pé pela rua (47,21% do total).
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O perfil de quem comete e de quem é vítima de crimes violentos em Florianópolis é o mesmo: do sexo masculino, com idade entre 18 e 24 anos e com antecedentes criminais. Os homicídios – com taxa por 100 mil habitantes maior do que a estadual, mas menor do que a da Região Sul e a nacional – são em geral cometidos com arma de fogo, na rua, entre as 18h e a meia-noite nos fins de semana. Os principais motivos são desavença pessoal e tráfico de drogas.
De acordo com o Icom, a integração entre as bases de dados dos órgãos que atuam no setor de segurança precisa ser melhorada para que se possa monitorar com mais precisão variáveis como idade, sexo, raça e localidade. Os cruzamentos dessas informações ajudariam a identificar onde são necessárias ações afirmativas que possam corrigir injustiças e combater desigualdades econômicas e sociais que impactam a segurança das pessoas em toda a cidade.
O instituto aponta como iniciativa de sucesso o projeto “Vizinho Solidário”, implantado nos bairros por meio da ação conjunta de moradores e Polícia Militar nos conselhos de segurança (Conseg), como forma de evitar arrombamentos e outras ocorrências.
