Em seu depoimento à Polícia Federal ontem, em Cuiabá, o empresário Valdebran Padilha, suspeito de envolvimento no caso Dossiê de Cuiabá, citou um outro integrante do PT, Expedito Afonso Veloso, diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil. Conforme o blog do Noblat, do Estado de S.Paulo, desde 29 de agosto, Expedito, funcionário de carreira da instituição, está de férias do banco e se dedicando à campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o blog do Noblat, a maioria dos documentos que os Vedoin entregaram à Justiça como parte do dossiê teria sido reunida pelo próprio Expedito. De acordo com um amigo dele, Expedito teria admitido na última quinta que investigou e montou o documento.
Conforme o relato de Valdebran, Expedito e Gedimar Passos, ex-agente federal, o recepcionaram na semana passada no aeroporto
de Congonhas, em São Paulo. Eles se dirigiram ao hotel Íbis, onde
na sexta-feira Gedimar e Valdebran seriam presos pela Polícia Federal.
Valdebran teria seguido até São Paulo a pedido dos Vedoin para receber os R$ 1,7 milhão cobrados por uma entrevista e pelos documentos que apontaria o envolvimento de José Serra na Máfia das Ambulâncias. Por sua vez, Gedimar teria por objetivo conferir se o dossiê de fato valia a pena.
A atuação de Expedito teria sido maior. Ele teria tido como missão convencer Darci e Luiz Antonio Vedoin a conceder uma entrevista à revista ISTOÉ sobre o suposto envolvimento de José Serra a Máfia dos Sanguessugas. Segundo Padilha, outro petista esteve presente à entrevista: Oswaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho, atual responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula.