| 01/09/2006 16h57min
Novamente ele foi o grande astro da rodada, fechando o dia num Arthur Ashe Stadium lotado, com mais de 23 mil espectadores. E novamente o norte-americano Andre Agassi deu show com vitória brilhante sobre o bom cipriota Marcos Baghdatis após mais de três horas e meia de intensas trocas de bolas e alternativas.
Mesmo aos 36 anos e em seu último torneio da carreira, Agassi mostrou gana de quem está no início e se recusou a se despedir ainda na segunda rodada do Aberto dos EUA. Aplaudido de pé pelo público, o tenista admitiu que saiu de quadra mais uma vez emocionado e que agora só espera poder ter outras oportunidades de mostrar seu talento.
– Parece que cada vez que volto aqui melhora cada vez mais e mais – disse Agassi.
– Esta sensação me motiva. Minha cabeça estava apitando quando eu saí de quadra. Estou muito feliz de conseguir a vitória numa partida como esta e em poder seguir. Espero que possa me manter assim até o final do torneio – apostou o bicampeão do Aberto dos EUA, em 1994 e 1999.
Apesar de já começar a pensar em saída triunfal, como a que Pete Sampras conseguiu em 2002, quando encerrou a carreira com o título do Grand Slam norte-americano, Agassi sabe que tem de se concentrar em outro problema: as insistentes dores nas costas. A situação é tão séria que após a primeira rodada, depois de jogo duro contra Andrei Pavel, admitiu que mal conseguia ficar de pé.
A solução, então, foi tomar uma injeção de cortisona no dia seguinte, o que o deixou pronto para a partida contra Baghdatis. E mesmo tendo se recuperado, garante que não quer tornar a saída uma rotina.
– Quero ter a certeza que vou dar o meu melhor para este público, lutando até o fim. Mas não quero pôr em risco o resto da minha vida – garantiu.
Sobre o jogo com Baghdatis, Agassi lamentou apenas ter desperdiçado chances no quarto set, quando abriu 4/0 e teve chances de nova quebra. Ele levou a virada e teve de lutar até o final da quinta parcial, quando o nível do duelo ficou altíssimo.
– Foi um jogo vibrante, apesar que deixei escapar dois sets de vantagem e ele sofreu cãibras no final. Mas o apoio do público foi decisivo.
O cipriota, guerreiro dentro de quadra, elogiou seu algoz, mas também lamentou o estado físico nos últimos games.
– Foi uma daquelas noites mágicas do Agassi, em que você tenta de tudo e no final ele ainda consegue se impor. É incrível que eu seja mais jovem e fui eu quem tive problemas de cãibras e não meu rival, que é 15 anos mais velho – brincou Baghdatis, de 21 anos.
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