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 | 02/08/2006 23h43min

Congressistas prometem mudança na política dos EUA sobre Cuba

Parlamentares revelaram existência de planos do governo americano

Os Estados Unidos vão anunciar medidas importantes sobre Cuba nos próximos dias, incluindo possíveis mudanças na política migratória para a ilha, revelaram hoje três congressistas cubano-americanos. Os parlamentares revelaram a existência de planos do governo americano, mas não deram detalhes. Eles tiveram uma reunião em Washington com funcionários do Conselho Nacional de Segurança e do Departamento de Estado americano, para discutir a atual situação em Cuba.

– Conversamos sobre o plano para ajudar o povo escravizado de Cuba a viver numa democracia. Acreditamos que esta administração vai ver a mudança ocorrer – disse a congressista republicana pela Flórida Ileana Ros-Lehtinen

Ros-Lehtinen deu uma entrevista coletiva em Miami com os também republicanos Lincoln Díaz-Balart e Mario Díaz-Balart. Segundo ela, os resultados serão positivos para os cubanos.

– Não vamos dar detalhes, mas saímos da conversa satisfeitos – disse a legisladora.

Lincoln Díaz-Balart ressaltou que o objetivo das medidas é ajudar o povo de Cuba numa transição democrática. Sobre as mudanças na política migratória, ele foi mais reservado.

– O que mais me agradou nas conversas é a administração dos Estados Unidos está enfocando da forma correta até mesmo o tema da migração e dos desesperados que se lançam ao mar – disse.

Nos Estados Unidos existe um decreto presidencial que estabelece a diferença entre os chamados "pés secos e pés molhados". A lei determina que os cubanos interceptados no mar, ainda que seja a poucos metros da margem, devem ser repatriados. No entanto, quem chegar à terra firme pode permanecer no país e, depois de um ano, obter a residência.

A política tem criado polêmica em alguns setores da influente comunidade de exilados cubanos do sul da Flórida. Eles defendem uma mudança para que os interceptados no mar tenham direito a apresentar seus casos a um juiz de Imigração.

Os três congressistas também insistiram que os Estados Unidos não pensam numa aproximação com Raúl Castro, que substitui provisoriamente no poder o seu irmão e presidente de Cuba, Fidel Castro.

– Não há negociação com Raúl Castro. Não aceitamos a continuação do regime. O presidente dos Estados Unidos e o povo americano estão com os cubanos – afirmou Mario Díaz-Balart.

AGÊNCIA EFE
 

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