Itapema FM | 24/05/2015 16h45min
O Team Vestas Wind está prestes a voltar à Volvo Ocean Race depois que o barco ficou encalhado em um banco de areia no Oceano Índico, durante a segunda etapa da regata. Reconstruído, o veleiro deixou na sexta-feira o estaleiro Persico, que fica em Bergamo na Itália, com destino a Lisboa, em Portugal. O objetivo da equipe é correr as últimas pernas da Volta ao Mundo.
O comandante australiano Chris Nicholson acompanhou todo o processo de perto e classifica o retorno como um "milagre moderno alcançado". Pelos danos causados no impacto e pelo tempo de reconstrução _ quatro meses de trabalho _ a afirmação do atleta não é nada exagerada.
_ É uma grande conquista para todos, pois o trabalho foi difícil. Tinha tanta coisa pra fazer que quase decidimos não voltar. Temos um novo barco _ disse Nicholson.
_ Conseguimos, inclusive, adiantar nossa programação de liberação em um dia. Isso pode significar mais horas na água treinando _ Observa.
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O plano da equipe é transportar o barco por navios e caminhões para Lisboa para se juntar aos outros seis times, que neste momento disputam no Atlântico Norte a sétima etapa.
Mas para colocar o veleiro na disputa foi preciso uma operação de logística especial que começou no ano passado, dias depois do acidente. A empresa GAC içou o barco dos recifes de coral e um navio Maersk Line transportou a embarcação até a Malásia. De lá, o Team Vestas Wind foi para o estaleiro Persico. A construção de um barco leva, no mínimo, oito meses, mas conseguiram em metade do tempo.
_ O estaleiro Persico assumiu o risco de fazer este projeto. Eu tiro o meu chapéu pra eles. Foi um milagre moderno. Sem esses caras isso não teria acontecido _ afirma Nicholson.
Enquanto isso, no meio do Atlântico, os outros seis barcos disputam a sétima etapa de Newport até Lisboa. A diferença do Dongfeng Race Team, líder provisório, para o Team SCA, último colocado, era menor do que 15 quilômetros na última posição registrada da manhã de sexta-feira.
A bordo do MAPFRE, o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca escreveu sobre a etapa.
_ Agora vamos um pouco mais ao Norte, perto da zona de exclusão de gelo. Parece que os barcos que estão por aqui andam mais rápido. Em pouco tempo vamos rodear por Leste o anticiclone dos Açores. Vamos com boa velocidade e as mudanças de vela são mais por questões de regata do que pelo andamento e rendimento do barco. A bordo estamos otimistas e seguimos lutando _ diz.
Nos últimos dias, os tripulantes estudaram os modelos meteorológicos que receberam da organização para decidir que rota seguir por conta do anticiclone dos Açores. Os barcos devem chegar em Lisboa até a próxima quarta-feira.
Classificação geral:
1º Abu Dhabi Ocean Racing - 11 pontos
2º Dongfeng Race Team - 17 pontos
3º Team Brunel - 21 pontos
4º Team Alvimedica - 24 pontos
5º Mapfre - 24 pontos
6º Team SCA - 35 pontos
7º Team Vestas Wind** - 44 pontos
*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.
** Equipe está fora da competição desde que encalhou rumo a Abu Dhabi e pretende retornar na etapa de Lisboa.
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