Itapema FM | 12/04/2013 12h32min
A disputa é ferrenha. São best-sellers, escritores nacionais e internacionais arraigados na preferência dos leitores. Mesmo assim, a oportunidade de mostrar a qualidade e a quantidade dos autores da nossa terra – os joinvilenses – foi conquistada na 10ª Feira do Livro de Joinville.
O espaço da Confraria do Escritor reúne livros, escritores e possibilita troca de conhecimentoentre os autores, além de aproximar o público dos talentos locais.O “Anexo” reuniu alguns destes escritores para falarem sobre seu trabalho.
Robinson Ramos
Livro: “Eu conhEço Deus! – ouse conhecer Deus”
Foram 14 anos de dedicação e quatro anos de pesquisa para que o escritor conseguisse elaborar o primeiro livro. O tema central é religião, do contexto religioso de etnias, da ótica espiritual e seu esquecimento. O autor busca plantar a reflexão a respeito da humanidade que prioriza o mundo material e muitas vezes esquece o universo religioso e espiritual.
— Para mim, que estou iniciando, sou um caçula da Confraria do Escritor e estou lançando meu livro na feira, é muito importante. Principalmente, o contato dos livros com os jovens, para que os livros sejam levados para as escola.
Maria Rosa Coutinho
Livro: ”Dia de carnaval”, lançado em Córdoba (Argentina), em 2009, conto.
O livro conta a história de um menino que tem tradição familiar de participar do Carnaval. Todo ano, ele desfila pela escola de samba Mangueira, e na magia da festa sente-se como uma celebridade. O Carnaval vai embora e ele retorna para sua rotina, mas feliz com o encanto, graças à cultura popular. Uma história que resgata a tradição do Carnaval brasileiro.
— A divulgação do trabalho dos escritores joinvilenses é muito importante, não tanto a venda, mas o encontro de escritores.
Salustiano Luiz de Souza
Livro: “O eterno Barnes – Viver para sempre pode custar caro"
É o primeiro trabalho do advogado como escritor. A ficção científica narra o universo de um médico neurocirurgião que está realizando uma pesquisa científica para transformar os dados do cérebro em arquivos de dados. No desenrolar da história, o médico aporta
em questionamentos sobre a eternidade e qual o preço para obtê-la.
— A Feira é um ambiente que respira leitura. Aqui você tem contato com outros escritores e obras, e estimula a continuar escrevendo. Tenho poesias guardadas desde 1985 e nunca tive coragem de publicá-las, mas aqui é possível receber o incentivo.
Eliana Aparecida de Quadra Corrêa
Livro:“Preciosidades"
O livro apresenta mensagens em forma de poemas, para transmitir a importância das preciosidades da vida. A natureza, o homem, família e pessoas são alguns dos maiores valores evidenciados.
— O fato de ter um espaço de divulgação auxilia muito. O estande é uma oportunidade para troca de conhecimento com outros escritores e o contato com o público, pessoas que não conhecem seu trabalho e aquelas que te conhecem e não sabiam do lado escritor. São professores e crianças que param aqui para saber mais.
Wilson Gelbcke
Livro: “Causos Da minha cidade”
Uma reunião de 16 histórias que aconteceram ao longo da vida, uns contados e outros vividos. A interação com o leitor é a máxima do livro, no qual os causos são contados, com os nomes dos personagens reais substituídos por fictícios. Após a leitura, o leitor deverá identificar a qual personagem pertence a história contada.
— A Feira possui um papel muito importante no incentivo à leitura. Podemos observar como há um número muito grande de escritores joinvilenses, conseguimos inclusive formar uma confraria. Eu estava passando por uma editora e um aluno estava comprando meu livro, e aí o Caco (escritor) me chamou e me apresentou, o aluno pediu um autógrafo. Foi algo muito bom.
Emília Kesheh
Livro: “A última aliança”
A aventura toma conta da história, entre batalhas pela disputa de reinos.
— Não lancei livro neste ano, só estou vendendo. Ao todo, já vendi cerca de vinte livros na feira.
Jura Arruda
Livro: “Fritz – um sapo na terra dos príncipes”
A história narra a trajetória de um sapo alemão que desembarca em terras joinvilenses nos anos 1850. O pano de fundo é a história da colonização de Joinville, vivida por sapos e muitas aventuras.
— A Feira do Livro proporciona um contato com os leitores e escritores. Existe a dificuldade de romper a barreira imagética na literatura, principalmente com os jovens, mas quando os conquistamos, os fazemos irem além das primeira páginas. O contato com o público propiciado aqui é fundamental.
Rita de Cássia Alves
Livro: “Fios DE agora”, poemas
Para construir seu projeto, o sexto livro, a pesquisa sobre aracnídeos, estudo do tempo por meio da psicanálise e da seda foram essenciais. Os poemas vão além da página, buscam evidenciar a dádiva do tempo, do instante e do momento que vivemos – a realidade. Trata a vida, a teia da vida, com todas as suas possibilidades.
— Temos um estande que reúne os escritores joinvilenses na feira, e isso foi uma conquista muito importante. Porque o trabalho de produção do escritor é solitário, mas a divulgação do trabalho e sua socialização é algo construído em conjunto. É uma imensa alegria para todos nós, reunir a literatura, fomentar e aliá-la com qualidade.
Célia Biscaia Veiga
Livro: “O nome dele era Pedro” e “A feia acordada”
Ambos os livros foram lançados no ano passado. O primeiro é uma história contada a partir da sugestão de finais feita pelos leitores. Já o segundo é um conto que tem uma ligação com o clássico “A Bela Adormecida”.
— Graças ao contato com o público, as histórias foram construídas de acordo com as sugestões feitas pelas pessoas.
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