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Na véspera da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que irá analisar um convite aos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, para depor, o governo redobrou os esforços para evitar um confronto dos dois com a oposição no Congresso. Eles já receberam convite da Comissão de Fiscalização e Controle.
Na mira dos governistas está o presidente da CPI do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). O tucano é apontado por petistas como suspeito de ter divulgado as informações fiscais de Meirelles e de Casseb. Numa ação articulada pelos líderes do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e do PT, Ideli Salvatti (SC), o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) deverá apresentar nesta terça, dia 10, um requerimento à CPI para investigar se houve ou não vazamento de dados.
Antero garantiu nesta segunda ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que nenhuma informação sigilosa saiu da comissão. O senador argumenta que parte das denúncias contra Meirelles foi feita com base no sigilo fiscal do presidente do BC, que não foi quebrado pela CPI. Antero confirmou, contudo, que a CPI dispõe de informações sobre o sigilo bancário de Meirelles, que teriam sido remetidos pelo MTB Bank de Nova York.
Sarney considerou exagerada a quebra de sigilo bancário de 1,7 mil pessoas pela CPI:
– Eu acho que há um certo exagero. Materialmente é impossível que isso possa ser feito dentro do prazo estabelecido pela comissão.
Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tornou-se nessa segunda, dia 9, o terceiro integrante do governo a alertar para o risco de "denuncismo" no país. O ministro, que comanda a Polícia Federal, disse que o Brasil "surfa uma onda de denuncismo" e que o papel do Ministério Público, da polícia e da imprensa deve ser pensado para que haja um "mínimo de sensatez".
Com informações de Zero Hora.
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