| 09/08/2004 22h15min
A pressa do governo em avançar na votação dos projetos considerados prioritários deve adiar para setembro os depoimentos dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, no Senado.
Apesar de parlamentares da base aliada afirmarem publicamente que há pressa para os esclarecimentos dos dois, a possibilidade de ocorrerem ainda essa semana é remota. O governo se dá por satisfeito com as explicações públicas que Meirelles e Casseb já deram.
– Nós do governo queremos a maior transparência e a maior pressa possível – afirmou o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), vice-líder do governo no Senado. Ele explicou que as pessoas demoram de 15 a 30 dias para comparecer a uma comissão após o convite.
Na semana passada, a Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) do Senado aprovou o pedido formal de convite aos presidentes. Nesta terça, dia 10, a Comissão de Assuntos Econômicas (CAE) deve votar requerimentos similares e, caso aprovados, a tendência é haver uma sessão conjunta das duas comissões para evitar que Meirelles e Casseb visitem o Senado duas vezes.
Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a prioridade na CFC é a audiência pública, na quarta, com os ministros Humberto Costa (Saúde) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), sobre a Operação Vampiro da Polícia Federal, que investiga irregularidades em licitações para compras de hemoderivados pelo Ministério da Saúde.
O governo quer aprovar os projetos pendentes, entre eles o de Parcerias Público-Privadas. Antes deles, é preciso destrancar a pauta, que conta com cinco medidas provisórias e um projeto com urgência constitucional. Por isso, não haveria tempo para depoimentos em apenas três dias de trabalhos esta semana, de esforço concentrado.
– Temos que votar muitas coisas e não podemos deixar que a oposição mude o foco dessa semana. Há pessoas demais interessadas no deslize do governo, que tem mostrado resultado no crescimento da economia, na queda do desemprego, no aumento da renda – afirmou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC).
Com informações da agência Reuters.
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