| 15/04/2007 13h09min
A Polícia Federal suspendeu no início da tarde deste domingo os trabalhos de tomada de depoimentos dos 25 presos pela Operação Furacão, suspeitos de crimes como corrupção e envolvimento com jogos ilegais. As três equipes que tomam os depoimentos (10 pessoas, no total) serão deslocadas para analisar as duas toneladas de material apreendido durante a operação.
A maioria das 17 pessoas já ouvidas se recusa a falar.
– Não sabem do que estão sendo acusados – disse o advogado Raul Ornellas, que defende os delegados da PF Susie Pinheiro Dias de Mattos e Luiz Paulo Dias de Mattos (aposentado) presos na operação.
Segundo a assessoria da Superintendência da Polícia Federal, a quantidade de documentos, computadores e jóias surpreendeu os investigadores. Para transportar o material a Brasília, serão necessárias duas viagens do avião Learjet da PF. O primeiro vôo saiu às 12h, com 1,1 mil quilos. Depois de descarregar em Brasília, a aeronave volta ao Rio para tansportar o restante dos documentos.
Segundo a assessoria da PF, a análise do material começa ainda hoje e pode trazer informações que deverão ajudar no interrogatório dos 25 presos, cujos depoimentos devem ser colhidos até terça. Os depoimentos serão retomados na segunda, às 8h.
Os documentos serão analisados e as jóias e relógios apreendidos passarão por perícia para avaliação. Os R$ 10 milhões em dinheiro e os R$ 5 milhões em cheques estão depositados em juízo na Caixa Econômica federal (CEF) no Rio de Janeiro.
Os advogados reclamam que não estão tendo privacidade com seus clientes e que estariam sendo filmados. Essa informação é negada pela PF. Os advogados afirmam que já deram entrada em requerimentos no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso aos autos, o que deve ocorrer amanhã.
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