Notícias

 | 26/02/2009 03h04min

Procurador diz que PSOL pode ter de esclarecer suspeitas

Autoridades tentam confirmar existência de fitas

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

O Ministério Público do Estado e o Ministério Público de Contas vão buscar informações junto ao Ministério Público Federal (MPF) sobre a existência de provas de supostos atos de corrupção que teriam sido flagrados durante a campanha de Yeda Crusius e sua gestão como governadora.

No último dia 19, o PSOL apresentou em entrevista coletiva uma lista de suspeitas sobre as quais haveria supostas gravações – em áudio e vídeo – em poder de procuradores da República. O material teria sido obtido como parte de um procedimento decorrente da Operação Rodin, que desvendou a fraude no Detran. Os parlamentares do partido disseram que não tinham cópias das gravações.

Os arquivos, conforme o PSOL, foram entregues ao MPF pelo lobista Lair Ferst num processo de delação premiada. Ele é um dos 33 réus do Caso Detran no processo criminal que corre na 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria. Segundo o PSOL, Lair teria gravado e filmado episódios que indicariam o uso de dinheiro de caixa 2 na campanha e atos de corrupção já no governo. O lobista nega ter feito gravações ou negociado delação premiada com autoridades.

Desde que as suspeitas foram tornadas públicas pelo PSOL, apenas um dos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Rodin, Adriano Raldi, se manifestou negando ter conhecimento das gravações.

O subprocurador-geral para Assuntos Institucionais do Ministério Público, Eduardo de Lima Veiga, disse ontem que na próxima semana o órgão fará contato com o MPF para saber se as informações do PSOL têm fundamento e se o material existe.

– A partir da resposta que tivermos, vamos estudar medidas a serem adotadas em relação ao tema – ponderou o subprocurador-geral.

Uma das possibilidades é de que os autores das denúncias – a deputada federal Luciana Genro, o vereador Pedro Ruas e o presidente da sigla no Estado, Roberto Robaina – sejam chamados a prestar esclarecimentos sobre o material que disseram ter visto.

Único documento em poder do MP veio de procurador

Segundo Veiga, o único documento a respeito do assunto que chegou ao MP até o momento foi uma cópia da lista das suspeitas apresentadas pelo partido em entrevista coletiva.

O material a que se refere Veiga foi encaminhado ao MP pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino. O PSOL esteve no gabinete de Da Camino, no mesmo dia 19, entregando a lista. Da Camino também fará questionamento formal ao MPF sobre se as provas existem dentro de algum procedimento que tramita naquele órgão.

ZERO HORA
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.