| 20/02/2009 12h40min
A executiva estadual do PT se reuniu com a bancada do partido na Assembleia, na manhã desta sexta-feira, para avaliar as denúncias do PSOL sobre irregularidades no governo Yeda Crusius desde a época de campanha.
Após o encontro, o PT divulgou uma nota expressando desejo de que a Assembleia tenha acesso às investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Para isso, deverá enviar ao colégio de líderes da Casa um pedido para que o Parlamento encaminhe a solicitação aos dois órgãos.
O PT pedirá ao MPF que continue investigando "questões não elucidadas" na CPI do Detran, além do aprofundamento das investigações na Operação Solidária — que apura desvios de recursos em obras de infra-estrutura na Região Metropolitana. Na nota, o partido ainda manifestou preocupação sobre a breve manifestação do governo, também por meio de nota, na quinta-feira.
Segundo o líder da bancada do PT na Assembleia, deputado Elvino Bohn Gass, caso as denúncias do
PSOL sejam comprovadas, a bancada do
PT vai encaminhar um pedido de impeachment contra a governadora. Leia a nota do PT no site PTSul.
As denúncias do PSOL
Parte das denúncias, apresentadas sem provas nesta quinta-feira, são da suposta distribuição de dinheiro irregular durante a campanha eleitoral de Yeda Crusius, em 2006. Cerca de R$ 500 mil teriam sido repassados pela empresa Mac Engenharia para Lair Ferst (réu na Operação Rodin), para o ex-secretário Delson Martini e para o marido da governadora, Carlos Crusius. Dessa reunião teriam participado também Aod Cunha, Chico Fraga e Rubens Bordini.
Luciana Genro (PSOL) afirmou que o deputado José Otávio Germano teria sido gravado entregando R$ 400 mil para ser utilizado no segundo turno da campanha de Yeda Crusius. No encontro, Germano teria dito que aquele era o seu
"crédito político".
Outras gravações que o PSOL diz ter obtido acesso também
mostrariam o lobista Lair Ferst repassando R$ 400 mil para o dono da Albert Imóveis, que vendeu a casa da Rua Araruama para o casal Crusius. Segundo Pedro Ruas (PSOL), a gravação ("longo vídeo e áudio explícito") detalharia toda a negociação da compra da casa da governadora. Esse dinheiro seria uma parcela adicional aos R$ 750 mil pagos oficialmente pela casa.
O PSOL também diz ter provas da distribuição de um suposto "mensalinho" por uma assessora de Yeda e pelo ex-secretário Delson Martini a pessoas que Pedro Ruas não soube precisar a identidade.
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