| 21/02/2009 06h00min
Bem no início daquele que se anunciava como o melhor ano de sua gestão, a governadora Yeda Crusius está no centro de uma onda de denúncias de corrupção, feitas pelo PSOL com base em supostas provas no processo sobre o desvio de R$ 40 milhões do Detran entre 2003 e 2007.
Mesmo sem apresentar as provas que diz existirem, o PSOL afirmou que Yeda e aliados sabiam do uso de caixa 2 na campanha de 2006 e de pagamentos “por fora” na negociação da casa da tucana. A seguir, trechos de entrevista concedida ontem pela governadora à Agência Estado:
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Pergunta – As acusações são muito fortes e colocam em
risco a carreira política dos integrantes do PSOL se as provas não aparecerem. Como
afirmar que nada é verdadeiro?
Yeda Crusius – Eles não têm credibilidade para dizer nada. Não podiam convocar a imprensa para fazer dela massa de manobra para os propósitos golpistas que sabidamente têm.
Pergunta – A senhora considerou a crise do Detran um tsunami. Como qualifica esse momento?
Yeda – Trata-se de uma técnica usada para tentar desviar o foco do bom momento do governo. Colocamos as contas em dia e, quando isso é feito, parece que eles, por não terem o que dizer, usam armas que não são próprias da política gaúcha. Não é nenhum terremoto, é tentativa de confundir a opinião pública em relação a um momento muito bom que o Estado inteiro vive. Em cima da divulgação de uma coisa boa, eles se organizam para promover uma falsa denúncia.
Pergunta – A senhora vai reagir de alguma maneira, com processos, pedidos públicos de explicações?
Yeda
– O governo e o Ministério Público têm aparato jurídico para estudar essa questão e vão
ver os instrumentos disponíveis para responsabilizar a todos os que estiverem cometendo qualquer tipo de delito. Para mim é delituosa essa exposição que o PSOL fez.
Pergunta – É tudo mentira?
Yeda – Sofri acusações infundadas. No final do ano passado (quando o Ministério Público Estadual considerou como legal a compra do imóvel questionada pela oposição) ficou provado que nunca aconteceram.
Pergunta – A oposição considerou tímida a reação do Piratini diante das acusações. Entende que alguém injustiçado exigiria as provas.
Yeda – Exigir provas? Eles devem exigir de si próprios. Minha mãe me ensinou a não responder a provocações de bêbados de porta de bar. O nível do fazer política no Rio Grande do Sul é altíssimo. Não merece esse tipo de provocação.
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