| 13/01/2009 10h50min
Os médicos noruegueses Erik Fosse e Mads Gilbert, que passaram 11 dias trabalhando em um hospital da Faixa de Gaza, acusam o Exército de Israel de usar em seus ataques um explosivo de tipo experimental conhecido como Dime (Dense Inert Metal Explosive), informa hoje o jornal Aftenposten.
O Dime é uma mistura de um material explosivo e outro químico como o tungstênio e cujo raio de alcance é relativamente curto, mas muito efetivo. Os dois médicos baseiam suas acusações nos corpos mutilados que examinaram durante seu trabalho no hospital de Shifa e que, segundo eles, mostram "claros indícios" de terem sido atacados com esse explosivo.
— Há uma forte suspeita de que Gaza está sendo usada como laboratório de testes para novas armas — disse Gilbert.
Fotos de corpos de palestinos com ferimentos que teriam sido causados por Dime foram enviadas a um centro em Tromso, no norte da Noruega, que, em uma primeira análise, deu razão aos médicos. Gilbert e Fosse
retornaram ontem pela tarde a Oslo
procedentes de Gaza, aonde chegaram antes do Ano-Novo.
Os dois colocaram em dúvida os dados de alguns meios de comunicação ocidentais e denunciaram que o alvo prioritário dos ataques israelenses era a população civil, além de considerar esta invasão pior que a de 1982 no Líbano, onde então também atuaram como médicos.
Confira a linha do tempo do conflito na Faixa de Gaza e vídeos com análises:
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