A ONU anunciou nesta sexta-feira que retomará as operações em Gaza após receber "garantias críveis" do alto comando militar israelense de que suas tropas respeitarão os trabalhos humanitários da organização.

— Em consequência, os deslocamento do pessoal da ONU, que ontem foram suspensos, serão retomados assim que for possível — disse a porta-voz da ONU, Michèle Montas.

Ela explicou que o comando do exército israelense comunicou seu compromisso de respeitar a segurança dos funcionários da ONU durante uma reunião com uma delegação de alto nível da organização no quartel general israelense, situado em Tel Aviv.

— A ONU foi informada de que lamentavam profundamente os incidentes que levaram à suspensão temporária dos deslocamentos do pessoal das Nações Unidas e que tais incidentes não refletiam a política oficial do governo — afirmou a porta-voz.

Montas disse que os representantes das Nações Unidas receberam "garantias críveis de que serão respeitados totalmente os funcionários, as instalações e as operações humanitárias" do organismo em Gaza.

Para isso, o exército israelense se comprometeu a melhorar os mecanismos de comunicação com as agências da ONU em Gaza, assim como a coordenação entre os comandantes e suas unidades na região.

O diretor das operações em Gaza da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), John Ging, expressou seu desejo de que as medidas adotadas pelos militares israelenses "permitam confiar na informação" fornecida para se deslocar nas regiões que sofrem os confrontos.

— O que se reflete é que aceitaram as preocupações que tínhamos expressado sobre os incidentes que ocorreram — acrescentou o diplomata irlandês, que participou da entrevista coletiva via satélite a partir de Gaza.

Na quinta-feira, a UNRWA anunciou a interrupção dos deslocamentos dentro do território palestino depois que um tanque israelense atirou contra um de seus comboios de ajuda humanitária. No ataque foi morto o motorista contratado pela agência, enquanto outros dois ficaram feridos, um deles gravemente.

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