Dois delegados que deixariam a Operação Satiagraha — Carlos Eduardo Pellegrini e Karina Murakami Souza — vão permanecer nas investigações. Eles foram convidados a continuar no caso depois de uma reunião realizada na sede da Polícia Federal (PF).

Segundo pessoas próximas aos delegados, eles ouviram de um diretor que, em nome da imagem da instituição, era preciso desfazer o mal estar provocado pelas noticias do afastamento da equipe.

Também ficou acertado que os documentos apreendidos serão examinados a partir de segunda feira. O procurador da República Rodrigo De Grandis anunciou que vai acompanhar as perícias.

Investigações

O delegado que comanda as investigações, Protógenes Queiroz, até agora não se manifestou oficialmente sobre o pedido de permanecer no caso. Mas ele tem dito aos colegas que a relação com os superiores ficou completamente desgastada.

Ele também comentou que só deve dar alguma declaração depois do novo interrogatório de Daniel Dantas, marcado para a tarde desta sexta-feira.

Um dos advogados do banqueiro confirmou que Dantas vai depor às 14h desta sexta no inquérito que apura gestão fraudulenta no Banco Opportunity. Mas não adiantou se, dessa vez, o banqueiro vai responder às perguntas dos delegados.

O advogado também desmentiu a informação dada pela PF de que agentes encontraram documentos atrás de uma parede falsa no apartamento de Dantas no Rio. Os delegados sustentam essa informação, transmitida para a Procuradoria da República e para a Justiça Federal, que pediu cópia de tudo.

Habeas corpus

Nesta quinta, os advogados de Humberto Braz — assessor de Dantas — entraram com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF), em São Paulo. Mas ainda não obtiveram resposta.

Braz, Dantas e Hugo Chicaroni são investigados por tentar subornar um delegado com US$ 1 milhão. Até agora, o único que não entrou pedido de habeas corpus é Chicaroni. As informações são do site G1 e do Jornal Nacional.

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