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 | 16/07/2008 23h27min

Troca de acusações selou afastamento dos delegados do caso Dantas

Jornal Nacional mostrou que Protógenes foi criticado por superiores por insubordinação

A reunião no prédio da Polícia Federal (PF) em São Paulo (SP), na segunda-feira, que definiu o afastamento dos delegados do caso Dantas, foi marcada por queixas, troca de insultos e acusações, conforme mostrou o Jornal Nacional.

Participaram do encontro dez delegados, sendo três representantes da cúpula da PF. Também estavam na reunião os delegados responsáveis pela investigação contra Daniel Dantas, controlador do Grupo Opportunity: Protógenes Queiroz, Carlos Eduardo Pellegrini, Karina Murakami Souza e Victor Hugo Rodrigues Alves, que fingiu aceitar a proposta de US$ 1 milhão para excluir Dantas e parentes dele da operação policial.

Os delegados ouviram da cúpula da PF que eles não poderiam mais continuar no caso porque estavam "emocionalmente envolvidos" com a investigação. Segundo os delegados, Protógenes foi duramente criticado por insubordinação.

Na véspera das prisões, na semana passada, ele se negou a entregar aos superiores cópia da decisão judicial com nomes dos alvos da Operação Satiagraha. O delegado justificou a atitude alegando que temia vazamentos de informações dentro da instituição.

Segundo os delegados do caso, não restou dúvida no encontro que a decisão de afastá-los das investigações era definitiva e irrevogável.

— As pressões sobre esses delegados estavam sendo muito grandes, muitos fortes. Não só de dentro da PF, da direção geral, que talvez tivesse alguma censura a respeito da conduta de algum deles, que nós não concordamos na realidade. Mas também de fora da instituição — afirma o diretor do sindicato dos delegados da PF, Amauri Portugal.

Novo comando

A PF anunciou nesta quarta o delegado Ricardo Saad, chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Financeiros da Superintendência de São Paulo (Delecin), como novo titular da Operação Satiagraha.

Cada delegado do grupo vai para um lado. Karina será transferida para a corregedoria da PF, Pellegrini volta para o departamento anti-drogas e Alves já reassumiu funções no interior de SP. Protógenes vai se dedicar integralmente ao curso de especialização na Academia Nacional de Polícia.

A saída dele do caso Dantas representa um episódio inédito na PF. É a primeira vez que um delegado deixa o comando de uma grande operação no auge das investigações.
As informações são do site G1 e do Jornal Nacional.

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