| 27/06/2008 16h29min
O barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) ficou US$ 0,50 mais caro e fechou a um preço recorde de US$ 140,21 em Nova York, em uma sessão de marcado tom de baixa na Bolsa de Wall Street e na qual o dólar caiu mais perante o euro e a outras divisas.
Os contratos de WTI para entrega em agosto atingiram durante o pregão os US$ 142,90, o valor mais alto registrado desde que em 1983 começaram a ser negociados estes contratos a futuro no Nymex.
O barril de WTI subiu hoje US$ 0,57 em relação ao preço de quinta-feira e se encareceu US$ 5,59 (4,2%) esta semana.
Os contratos de gasolina para entrega em julho finalizaram a US$ 3,5012 o galão (3,78 litros), US$ 0,01 menos que no dia anterior. O gasóleo de calefação para esse mês se encareceu US$ 0,02 e terminou a US$ 3,9066 o galão. Os contratos de gás natural para agosto somaram US$ 0,09 ao valor de quinta-feira e finalizaram a US$ 13,19 por mil pés cúbicos.
O preço do
petróleo iniciou a jornada com uma decidida tendência
de alta e, como reflexo disso, nas operações prévias à abertura superou os US$ 142, algo sem precedentes na história deste mercado de matérias-primas.
No entanto, durante algumas etapas do pregão, diminuiu a pressão compradora, paralelamente a uma modesta recuperação da moeda americana em seus câmbios com as principais divisas mundiais.
O euro se situava hoje a US$ 1,5780 pouco antes do fechamento da bolsa de valores, comparado com os US$ 1,5764 do dia anterior.
A moeda americana perdeu força devido a que os investidores consideram agora menos provável que subam os juros nos Estados Unidos no curto prazo, após conhecer a análise do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) da economia e da inflação esta semana, na qual manteve a taxa básica em 2%.
O enfraquecimento do dólar e as quedas nas bolsas de valores costumam levar alguns investidores a buscar refúgio nas matérias-primas, onde consideram que podem obter mais retorno.
O forte encarecimento da energia, que se
reflete nos altos preços dos combustíveis na venda ao público, está causando mudanças em alguns hábitos dos americanos, que, a cada dia, se mostram mais decididos em adquirir carros menores e que consomem menos combustível.
Também influencia em que tenham uma percepção mais sombria sobre as condições atuais da economia e nas expectativas para alguns meses, o que se refletiu em um corte de algumas despesas.
O galão de gasolina era vendido hoje a uma média de US$ 4,06 em todo o país, US$ 0,02 abaixo do recorde estabelecido em 16 de junho, segundo dados divulgados diariamente pela associação automobilista AAA, a maior nos EUA.
Os elevados preços da gasolina também fizeram com que os americanos viajassem menos durante fins-de-semana de feriado prolongados, como ocorreu no final de maio por ocasião da comemoração do Dia da Memória no país.
Algo similar está previsto para o feriado de 4 de julho, quando se comemora a Independência dos
EUA, que costuma ser também um dos períodos de
maior demanda por gasolina em todo o ano.
Pela primeira vez em uma década, a AAA calcula que cairá este ano, em relação a 2007, o número de americanos que viajará pelo menos 50 milhas (80 quilômetros) durante esta festividade, segundo dados divulgados esta semana.
A organização calcula que 40,45 milhões de pessoas viajarão durante a festividade, 1,3% a menos que no ano anterior.
Desse total, 34,2 milhões ou 85% usarão o automóvel nos deslocamentos, 1,2% menos que no ano anterior.
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