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 | 22/05/2008 11h54min

Mercado exige, mas não quer pagar por café de qualidade, diz Luís Haffers

Conforme dirigente, barreira a ser vencida é cultural e grandes redes que comercializam o produto brasileiro irão promovê-lo no Exterior

O mercado exige café de qualidade, mas não quer pagar por ele, disse o diretor do Departamento de Café da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luís Haffers, em entrevista ao programa Agribusiness Online nesta quinta-feira, dia 22.

Segundo ele, as grandes redes que comercializam café no Brasil podem e vão ser promotoras do produto brasileiro no mercado externo. A barreira a ser vencida, para isso, segundo ele, é cultural.

– O marketing é uma coisa ainda que nós vemos com muita suspeita e o investimento é brutal. Não temos coragem de investir. Estamos atrasados e precisa ser feito – afirmou.

Entre as regiões com destaque para a cafeicultura brasileira, Haffers citou o Espírito Santo, onde se concentra a produção da variedade conillon. De acordo com o diretor do Departamento de Café da CNA, os índices de produtividade são grandes, mas há a pouca mecanização da colheita.

– Com o mesmo nível de competência, produz mais que o dobro do arábica. Mas o conillon não é mecanizado. Então vai ficar restrito a pequenas e médias propriedades até que, geneticamente, se arrume o problema da colheita – explicou.

Haffers citou também as lavouras irrigadas do oeste da Bahia, segundo ele extremamente eficientes e caras, mas mecanizadas. Na opinião do diretor da CNA, são exemplos do futuro da cafeicultura do Brasil. Mas, de qualquer forma, nenhum dos dois modelos ainda será capaz de suprir a necessidade do país, que, na avaliação dele, está em torno de 50 milhões de sacas.

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