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 | 28/04/2008 03h51min

CPI discutirá quebra de sigilo telefônico de Ariosto e Ferst

Para a oposição, Ferst e Vaz Netto estariam chantageando integrantes do governo

Os deputados de oposição na CPI do Detran querem saber se alguns dos envolvidos na fraude da autarquia andam trocando telefonemas com integrantes do governo. Por isso, os parlamentares da comissão vão discutir na sessão desta segunda-feira a quebra do sigilo telefônico de personagens como o empresário Lair Ferst, o ex-presidente do Detran Flavio Vaz Netto, o secretário-geral de Governo, Delson Martini, e do ex-secretário de Planejamento e Gestão, Ariosto Culau. A convocação de Ariosto e Martini para depoimento também será discutida.

— O que deve ser esclarecido não é o chope, mas o conteúdo do encontro — disse ontem à noite o presidente da CPI, Fabiano Pereira (PT).

Para a oposição, Ferst e Vaz Netto estariam chantageando integrantes do governo. A tese, segundo o deputado Elvino Bohn Gass (PT), integrante da CPI, explicaria por que Vaz Netto insiste em marcar uma reunião com Martini, mesmo depois de a própria governadora Yeda Crusius ter se colocado à disposição para conversar com o ex-presidente do Detran.

— A situação é gravíssima. Ambos estão sendo chantageados — disse Bohn Gass, se referindo a Martini e Ariosto.

Para Fabiano, a situação de Ariosto ficou insustentável porque o happy hour da última quinta-feira ocorreu no mesmo dia em que o governo rompeu o contrato do Detran com a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae). Segundo a investigação da Polícia Federal, a substituição da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) pela Fundae foi uma forma de tirar as empresas ligadas à família de Ferst do suposto esquema.

De acordo com o presidente da CPI, o rompimento com a Fundae beneficiaria Ferst e, portanto, o encontro levanta dúvidas se o empresário pressionou o governo para que a decisão fosse tomada. Além de esclarecer o happy hour, a oposição espera que Ariosto detalhe os motivos do afastamento da Fundae.

Único tucano entre os membros titulares da CPI do Detran, o deputado Adilson Troca defende o comparecimento de Ariosto:

— Ariosto é um técnico, com pouco envolvimento político. Vai ser fácil para ele mostrar o que aconteceu.

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