| 16/04/2008 16h59min
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira, dia 16, que o governo brasileiro não deixará de investir na produção de biodiesel apenas porque está sendo criticado por estrangeiros com interesses específicos. A afirmação foi feita antes do almoço oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidente da Índia, Pratibha Patil, no Palácio do Itamaraty.
– Os críticos estão cada vez mais ativos, mas nós vamos em frente. Seguiremos porque estamos no caminho certo. Isso é bom para o Brasil e estamos convencidos de que é bom para o mundo também – disse Lobão.
O ministro disse ainda que os brasileiros não seriam irresponsáveis de prejudicar a produção de alimentos, acrescentando que quem critica é porque não está produzindo o biodiesel.
– O fato é que nós estamos no convencimento de que se trata de uma boa iniciativa, feliz, talentosa e está dando bom resultado. Nós vamos aumentar a mistura com o biodiesel de 2% para 3%, em seguida para 5%, e podemos ir além – garantiu.
Megacampo da Petrobras
Ao comentar o anúncio "oficioso" do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, da descoberta de um megacampo de petróleo na Bacia de Santos, e que acabou influenciando o preço das ações da Petrobras na Bolsa de Valores, Lobão disse que nunca acreditou em má-fé, mas que não faria da mesma forma.
– Eu não teria feito como ele fez. Eu estava informado, o presidente da República também tinha suas informações, a Petrobras, é claro que tinha, e mantínhamos tudo isso dentro do sigilo que deveríamos manter. Os estrangeiros, não sei como, obtiveram a informação e publicaram – disse.
O ministro explicou que dentro de alguns meses, com a avaliação das informações que já chegaram aos centros de pesquisa, haverá dados concretos sobre o potencial real da Bacia de Santos.
Quanto à desativação completa das termelétricas, o ministro informou que será realizada uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico na próxima semana para decidir sobre o assunto.
– Se tivermos de manter alguma termelétrica funcionando, apenas por segurança, essas térmicas serão movidas apenas a gás. Nós não teremos mais nenhuma a diesel – afirmou.
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