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 | 26/03/2008 13h50min

Ex-dirigente da Fatec afirma que partidos políticos teriam recebido parte da propina do Detran

Informação consta no depoimento dado por ele para a PF sobre a fraude no Detran

O ex-secretário executivo da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) Silvestre Selhorst afirma que parte do dinheiro desviado do Detran teria irrigado os caixas de partidos políticos e de campanhas eleitorais. A informação consta no depoimento dado por ele para a Polícia Federal sobre a fraude no Detran que teria desviado cerca de R$ 40 milhões.

Em depoimento à Polícia Federal, Selhorst relatou a influência do empresário Lair Ferst, do PSDB, que operaria duas empresas subcontratadas de forma irregular pela fundação que elaborava e aplicava provas para carteira de motorista. Ele detalhou ainda encontros onde o empresário se apresentaria como titular de um crédito junto ao governo. Em outra reunião, o secretário-geral da prefeitura de Canoas, Francisco Fraga também teria se apresentado como representante do governo do Estado e teria pressionado para que Lair não fosse excluído do esquema.

Essa seria uma contrapartida à ajuda financeira dada pelo empresário na campanha eleitoral em 2006. O valor total da propina mensal do esquema de fraude no departamento seria de R$ 320 mil. O presidente da CPI do Detran, Fabiano Pereira, acredita que o dinheiro desviado pode ter abastecido partidos políticos.

Silvestre Selhorst é um dos 39 indiciados na Operação Rodin. Ele contraria as versões sustentadas à comissão por Carlos Ubiratan dos Santos e Flavio Vaz Netto. Selhorst afirma que os dois ex-presidentes do Detran teriam se beneficiado do esquema por meio do recebimento de propina. O ex-funcionário da Fatec prestará depoimento na Assembléia na próxima segunda-feira.

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