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Eleições  | 09/10/2010 07h22min

Partilha dos cargos no governo de Colombo segue peso eleitoral de partidos

Nomeações serão proporcionais a votos dos aliados para a Assembleia Legislativa

Upiara Boschi  |  upiara.boschi@diario.com.br

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O mesmo critério usado para definir a quantidade de cargos a que os partidos aliados teriam direito no governo Luiz Henrique da Silveira (PMDB) será usado pelo governador eleito Raimundo Colombo (DEM) na formação de sua administração, a partir de janeiro de 2011. O número de votos dos partidos para a Assembleia Legislativa — a chamada geografia das urnas — vai definir a fatia de cada um na administração.

Clique e veja a porcentagem por partido:



Pelo critério, o PMDB seguirá com a maior parte do secretariado e dos 1.430 cargos de confiança disponíveis na administração direta. Levando em conta os 10 deputados estaduais eleitos pela sigla no dia 3 de outubro, teria direito a 40% das vagas — índice próximo dos 45% que o PMDB tinha na gestão de LHS.

O DEM, partido do governador eleito, deve crescer na máquina. O partido tinha cerca de 20% dos cargos e passaria para 28%. O partido de Colombo passou de cinco deputados eleitos para sete. O PSDB continuou com seis deputados e deve ter peso semelhante na partilha da nova administração. PPS, PTB e os demais partidos da coligação dividiriam 10% das vagas.

Coordenador da campanha de Colombo, Antonio Ceron (DEM) garante que o critério será cumprido.

— Foi acertado na composição da coligação que o critério seria o número de eleitos para a Assembleia. Há o compromisso. Vale para o secretariado e vale para os cargos comissionados — afirma, ressaltando que parte dos cargos está fora da conta por serem da cota pessoal do governador.

As conversas devem ser encaminhadas após o segundo turno. A maior parte da coligação deve se empenhar pela vitória do presidenciável José Serra (PSDB) em Santa Catarina.

Uma fatia do PMDB catarinense apoia Dilma Rousseff (PT), entre eles o presidente em exercício do partido, deputado João Matos. Ele não teme que esse grupo seja marginalizado na hora da composição do governo Colombo — o que favoreceria os peemedebistas mais ligados a Luiz Henrique, um dos maiores entusiastas da candidatura Serra.

— Não temo, porque tem um critério que vai ser respeitado. O partido é um todo, não é uma parte. As pessoas é que divergem, mas o partido é um só — acredita Matos.

O organograma do governo catarinense tem, ao todo, 57 secretarias (21 centrais e 36 regionais) e 26 empresas, fundações e autarquias.

 

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