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 | 26/03/2010 05h40min

Leonel Pavan terá três meses para governar Santa Catarina

Três nomes ancoram a equipe administrativa do governador

Ana Minosso  |  ana.minosso@diario.com.br

O novo governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), terá, na prática, três meses para governar o Estado, de abril a junho. Após esse período, estará impedido de praticar diversos atos administrativos por conta da Lei Eleitoral e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O primeiro governador tucano corre contra o tempo. O primeiro ato como governador, no início da tarde desta quinta-feira, sentado na mesa principal do Centro Administrativo, foi prorrogar por 30 dias a assembleia dos acionistas da Celesc para estudar a nova gestão para a empresa que estava marcada para 31 de março. Pavan também enviou projetos à Assembleia Legislativa.

Uma das propostas é o da reposição salarial de cerca de 44 mil servidores. De acordo com o governador, a reposição salarial deve incrementar a folha em 7 a 8%. Os reajustes envolvem servidores da Segurança Pública (oficiais, praças e agentes da Polícia Civil).

Apesar de afirmar que comandará um governo de continuidade, terá que contornar problemas políticos na montagem da nova equipe como a acomodação de peemedebistas e democratas no novo governo.

Terá que conversar com os 40 deputados na Assembleia para manter a governabilidade: os seis deputados do DEM estão fora do governo e podem manifestar uma posição de independência.

O PDT, com dois deputados, também avalia se permanece no governo já que, em nível nacional, está alinhado ao PT de Dilma Rousseff. O PRB da deputada Odete de Jesus declarou apoio ao PT de Ideli Salvatti (PT).

A maioria absoluta que o ex-governador Luiz Henrique detinha (12 deputados do PMDB, seis do PSDB, seis do DEM, um do PPS, PDT, PTB e PRB) não está mais assegurada.

O primeiro gesto de Pavan em nome da governabilidade foi dado nesta quinta-feira pela manhã, ao anunciar que quem comandará a Assembleia nos seis dias em que estará em missão internacional no Japão será o petista Jailson Lima, único deputado do PT a prestigiar a posse por que faz parte da Mesa Diretora.

A bancada petista não participou da solenidade. Entende que Pavan não tem legitimidade para assumir o comando do Estado por estar sendo acusado de corrupção passiva, advocacia administrativa e violação do sigilo funcional no caso da Operação Transparência.

Dalírio, Spernau e Lummertz na linha de frente

A equipe administrativa do governador será ancorada em três pessoas: Dalírio Beber, fundador do PSDB, amigo e conselheiro de Pavan; o ex-prefeito de Balneário Camboriú Rubens Spernau, afilhado político de Pavan; e Vinícius Lummertz, do PMDB, que conquistou a simpatia do novo governador ao ampará-lo durante a Operação Transparência. O espaço que cada um ocupar no governo será estratégico.

O restante da equipe, avisa Pavan, será avaliado conforme o desempenho funcional de cada um e não ao sabor das cotas partidárias, após retornar da viagem ao Japão, no dia 2 de abril. Antes de embarcar, dará posse interinamente a Cleverson Siewert, atual Gestor dos Fundos Estaduais na Secretaria da Fazenda e a Paulo Eli, diretor-geral na Secretaria de Administração.

Pavan embarca para Tóquio no domingo à noite onde assinará um contrato de empréstimo com o banco japonês Jica para a Casan no valor de R$ 343,5 milhões para obras de saneamento em todo o litoral catarinense.

Com ele, viajam o presidente da Casan, Valmor de Lucca; o secretário de Articulação Internacional, Vinícius Lummertz; o jornalista Carlos Mello e um cinegrafista.

 

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