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 | 24/03/2010 04h10min

Aos poucos, democratas entregam os cargos no governo de Santa Catarina

Saída do primeiro escalão deve se concretizar ao longo do mês

Upiara Boschi  |  upiara.boschi@diario.com.br

Não será amplo, geral e irrestrito o desembarque do Democratas do governo estadual. A entrega dos cargos do partido, anunciada na segunda-feira, vai se restringir ao primeiro escalão e vai poupar outros indicados, que compõem cerca de 20% dos 1.430 comissionados do governo estadual. Até esta terça-feira, ninguém havia deixado o governo.

A decisão de manter ou não os indicados pelo DEM caberá a Leonel Pavan (PSDB), que assume o governo nesta quinta-feira.

— A resolução é clara. Sai o primeiro escalão. As demais indicações ficam por conta do próximo governador, dos próximos secretários. Das indicações feitas pelos secretários, pelos deputados, nós não vamos pedir a exoneração — explica o secretário da Agricultura, Antônio Ceron (DEM).

Mesmo a saída do primeiro escalão deve se concretizar ao logo do mês. O DEM se comprometeu a fazer a transição com calma para evitar descontinuidade de ações. Na tarde desta terça-feira, o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni (DEM), esteve reunido com o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para tratar da transição na pasta e de ações que serão anunciadas antes da renúncia do peemedebista, prevista para hoje. Entre elas, o anúncio de benefícios salariais para algumas categorias.

— Ninguém vai ser irresponsável de deixar a administração sem fazer a transição — diz Gavazzoni.

Deixam o governo cinco secretários de Estado, cinco secretários regionais e três presidentes de empresas ou autarquias. O DEM deixou o governo por conta da prévia do PMDB para escolher o candidato do partido à sucessão e à decisão do PSDB de não anunciar desde já apoio à candidatura do senador Raimundo Colombo (DEM) ao governo.

A definição dos nomes dos substitutos ainda está em fase inicial. Na Fazenda, deve assumir interinamente o secretário espacial de Gestão de Fundos, Cléverson Sievert. Na Agricultura a questão está aberta, já que o diretor-geral, Gelson Sorgato (PMDB), deve deixar o cargo para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa.

Com isso, Ceron pode ficar no posto até Pavan nomear um novo secretário. Nas autarquias, a troca depende da realização de assembleias.

 

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